Outra carcereira liga pai de Alexandre Nardoni à morte de Isabella, diz TV
Uma segunda carcereira do presídio de Tremembé (a 147 km da capital), do sistema penitenciário de São Paulo, declarou que o advogado Antônio Nardoni pode ter participação na morte de sua neta, Isabella Nardoni, de 5 anos, em crime ocorrido em 2008.
A funcionária relata que, ao ser indagada se o crime tinha ocorrido por mando de alguém, a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá --que cumpre pena em Tremembé--, teria respondido que foi "daquele 'veio'". Questionada se o "veio" seria seu sogro, Anna Carolina confirmou com a cabeça, segundo reportagem da TV Globo exibida neste domingo (12) no "Fantástico".
De acordo com o novo testemunho, o avô de Isabella teria pedido para Anna e seu filho, Alexandre Nardoni, simularem um acidente sobre a morte de Isabella.
O depoimento é semelhante ao de outra agente penitenciária, que veio a público em dezembro de 2014. Segundo a funcionária, Anna assumiu ter batido na menina em uma discussão no carro do casal, após eles terem saído de um supermercado. Depois de uma série de agressões de Alexandre Nardoni, a menina ficou inerte, e eles teriam imaginado que ela já estava morta. Anna ligou para o sogro Antônio para pedir ajuda. Ele então teria sugerido a simulação do acidente.
Uma terceira testemunha, que deve prestar depoimento em breve, também confirmou a versão que acusa o avô de Isabella, segundo a reportagem.
As carcereiras também apontaram que, diferentemente do que ocorria com as outras presas, os encontros entre Anna Carolina e Antônio Nardoni aconteciam na sala da diretora do presídio. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo negou a informação, de acordo com o "Fantástico".
Mesmo após sua condenação por homicídio triplamente qualificado, em 2009, o casal Nardoni nunca assumiu a culpa pelo crime. No total, Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e dez dias de prisão e Jatobá a 26 anos e oito meses, ambos em regime fechado.
Ouvido pela emissora de televisão em dezembro passado, Antônio Nardoni negou qualquer envolvimento no crime e classificou o depoimento de "mentira". "Eu tenho a consciência tranquila", afirmou à época. O advogado do casal, Roberto Podval, também informou que não irá se pronunciar sob orientação do avô de Isabella.
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