Sete pessoas serão indiciadas por linchamento de jovem em São Luís
Sete pessoas serão indiciadas por homicídio qualificado pela Polícia Civil do Maranhão como autoras do linchamento que resultou no assassinato de Cleidenilson Pereira da Silva, 29, ocorrido no último dia 6, em São Luís.
O jovem, suspeito de assaltar um mercado, foi dominado por um grupo de pessoas, amarrado a um poste da rua Jaime Costa, localizada no bairro Jardim São Cristóvão, e espancado até a morte.
Pelo menos oito vídeos registraram o crime e ajudaram a polícia a identificar sete pessoas que participaram do espancamento --inclusive um pai e um filho que seriam proprietários do local que foi alvo do assalto.
“Os vídeos foram de grande valia porque registraram o que cada um fez durante o espancamento. O pai e o filho, por exemplo, pegaram uma garrafa e enfiaram o cabo no peito do rapaz. Outras pessoas bateram na cabeça e no peito”, disse o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Augusto Barros.
O delegado Jefrei Furtado, da Delegacia de Homicídios de São Luís, informou que o inquérito será concluído somente na próxima semana, porque a polícia aguarda o depoimento de uma testemunha-chave e precisa definir as qualificadoras do homicídio para cada um dos sete acusados.
“As sete pessoas foram identificadas por provas materiais, como os vídeos, mas a polícia também contou com investigadores e testemunhas. As provas técnicas, como o laudo cadavérico e o croqui da cena do crime, foram importantes para chegar a esse resultado”, explicou Furtado, que elaborou o documento com o delegado Guilherme Sousa Filho.
Ao concluir o inquérito, a polícia vai pedir a prisão dos acusados. O caso será remetido ao MPE (Ministério Público Estadual), que vai analisar se encaminhará a denúncia à Justiça.
“Vamos rever as qualificadoras para cada acusado. Como foi uma ação coletiva, de que participaram várias pessoas, resultando na morte de uma pessoa, temos de definir, de acordo com as investigações, o que cada uma delas fez especificamente no espancamento. Como, por exemplo, ter dado uma pancada que causou afundamento de crânio, entre outros ferimentos determinantes para a causa da morte”, disse Furtado.
A polícia do Maranhão informou que não tem dados gerais de casos de linchamentos no Estado porque os casos não vão para uma delegacia específica. “Os que resultam em morte vão para a de homicídios, mas os demais, como lesão corporal sem morte, por exemplo, ficam sob responsabilidade das áreas das ocorrências”, explicou Barros.
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