Topo

Sacrário histórico roubado em 1976 é achado e devolvido à Igreja do Recife

O sacrário é uma urna onde se guardam as hóstias consagradas, com estrutura de madeira e recoberta com placas decoradas em prata - Divulgação/Arquidiocese de Olinda e Recife
O sacrário é uma urna onde se guardam as hóstias consagradas, com estrutura de madeira e recoberta com placas decoradas em prata Imagem: Divulgação/Arquidiocese de Olinda e Recife

Do UOL, em Maceió

13/08/2015 11h26

Depois de 39 anos de espera, a Arquidiocese de Olinda e Recife recebeu de volta, nesta quarta-feira (12), um sacrário histórico roubado da igreja Madre de Deus, no bairro histórico do Recife.

A peça é considerada pela Igreja Católica um patrimônio religioso, histórico e cultural e foi roubada em janeiro de 1976.

O exemplar foi encontrado com um herdeiro de colecionador particular, que concordou em devolvê-lo após vistoria realizada em agosto de 2014 pela Superintendência do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Segundo a Arquidiocese, a peça foi entregue oficialmente ontem ao presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Cultura, frei Rinaldo Pereira, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde a peça estava.

Na próxima terça-feira (18), a peça chegará ao Recife e será apresentada ao arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, e aos sacerdotes durante reunião mensal do clero.

O relicário vai ficar disponível para a visitação pública no Museu de Arte Sacra de Pernambuco, em Olinda.

A restituição foi feita pela diretora do museu, Mônica Xexéo, e pelo procurador do MPF (Ministério Público Federal) do Rio de Janeiro, Sérgio Suiama. Foi assinado um ato do contrato de devolução e um termo de ajustamento de conduta para guardar a peça.

A obra

O sacrário é uma urna onde se guardam as hóstias consagradas, com estrutura de madeira e recoberta com placas decoradas em prata --formando peça em duas partes, corpo e coroamento, com abertura frontal. A peça tem 69 centímetros de altura e 49 de largura.

No topo da peça, existe a imagem de um cordeiro deitado sobre um livro com sete selos, numa referência ao capítulo cinco do livro do “Apocalipse de São João.”