Criança de 7 anos morre ao brincar com arma do padrasto em Uberaba (MG)
Uma criança de sete anos morreu com um tiro no peito ao manusear a arma do padrasto, em Uberaba (a 417 km de Belo Horizonte), na noite de quinta-feira (3).
A arma do agente penitenciário Fernando Evangelista, 37, segundo a Polícia Militar (PM), estava em cima do guarda-roupa do quarto de Evangelista e da mãe da criança, Juscelia Nunes, 31, quando o menino Jesse Maia, 7, a encontrou.
Juscelia contou à PM que foi ao supermercado, próximo à casa da família, com a filha mais velha e deixou Jesse com o irmão de nove anos em casa. Os dois, segundo ela, estavam sozinhos e organizando o guarda-roupa quando ela saiu.
O menino, segundo o irmão, encontrou a arma do padrasto dentro de uma bolsa em cima do guarda-roupa e começou a brincar. O irmão teria então saído do quarto. Minutos depois, ouviu o disparo que matou Jesse. O tiro acertou o peito do menino. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu após dar entrada no hospital.
A mãe chegou em casa logo em seguida, depois de ser avisada por telefone do que havia acontecido com o filho. O padrasto também foi para a casa rapidamente. Segundo o relato dele aos policiais, a arma sempre ficava em cima do guarda-roupa, descarregada e dentro de uma bolsa.
Levado para a delegacia de Polícia Civil, o agente penitenciário prestou depoimento ao delegado Gustavo Abrahão Anai e disse ter o costume de chegar em casa, descarregar a arma, tirar o carregador e guardar. Mas que, ontem, chegou cansado e apenas tirou o carregador.
“A explicação dada foi que uma munição ficou na câmara de explosão e, quando a criança apertou o gatilho, disparou. Nós instauramos o inquérito e vamos investigar o caso”, disse o delegado.
Na casa da família, tem câmeras de segurança instaladas próximas ao cômodo. As imagens, segundo Gustavo Anai, foram recolhidas e passarão por perícia.
Evangelista foi liberado logo após o depoimento e ficará em liberdade. Segundo o delegado, a arma tinha registro e o agente tem porte de armas. Ele pode responder por omissão de cautela. O agente disse ao UOL não ter condições de ceder entrevistas. A mãe de Jesse também preferiu não falar sobre o caso.
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