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Arcebispo de Mariana (MG) cobra responsabilidade pelo acidente

Moradores participam de missa de sétimo dia em homenagem às vítimas do rompimento das barragens - Danilo Verpa/Folhapress
Moradores participam de missa de sétimo dia em homenagem às vítimas do rompimento das barragens Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Rayder Bragon

Colaboração do UOL, em Mariana (MG)

11/11/2015 21h48

O arcebispo de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha, defendeu que se apontem os responsáveis pelo rompimento das barragens que destruíram áreas da cidade e deixaram centenas de desabrigados na cidade. 

"Responsável sempre tem que haver, em tudo aquilo que é humano, sempre terá um responsável. Em toda atividade humana, seja qual for, de qualquer ordem, alguém é responsável", disse o religioso aos jornalistas após a missa de 7º dia para os mortos vítimas do rompimento, ocorrida na noite desta quarta-feira (11) .

"Aguardamos que se faça a devida apuração que sejam verificadas com precisão as causas porque não existe feito sem causa, que os responsáveis possam corresponder às suas responsabilidades para pelo menos minorar tanto sofrimento", declarou.

"É uma tragédia de proporções, que não há palavras humanas para exprimir", disse o religioso.

A praça em frente à Igreja da Sé no centro de Mariana (MG) ficou lotada de fiéis que foram rezar pelas vítimas. Velas foram distribuídas e, durante o momento de silêncio, o arcebispo pediu que os que foram atingidos pela tragédia levanta-se as velas.

Durante o sermão, dom Geraldo alertou para a importância de negociações coletivas para as indenizações. "É preciso que elas sejam feitas de modo coletivo e que as decisões a serem tomadas sejam debatidas e partilhadas com os diretamente interessados, que eles estejam integrados e articulados. Para isso, é necessário que se procure chegar a acordos coletivos."