Museu atingido por incêndio em SP diz que cumpria "rotinas de segurança"
O Museu da Língua Portuguesa, atingido por um incêndio de grandes proporções nesta segunda-feira (21), na estação da Luz, região central de São Paulo, informou que "cumpria regularmente com todas as rotinas de segurança".
De acordo com o Corpo de Bombeiros, no entanto, o complexo da estação da Luz não tinha alvará de funcionamento, e é possível que tenha ocorrido uma falha em um hidrante no início do incêndio, segundo informações relatadas por uma funcionária. Uma pessoa morreu.
Técnicos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros realizam na manhã desta terça-feira (22) trabalho de perícia para identificar a causa da tragédia. Antes de comentar hipóteses, o museu disse que aguarda a divulgação desses resultados. A instituição informou também possuir seguro contra incêndio.
"O Museu, assim como a nossa língua, permanecerá vivo e dinâmico. Enquanto o edifício estiver sendo reconstruído, encontraremos outras maneiras de dar continuidade às atividades culturais", informou o museu, em nota divulgada na segunda.
Na versão do Corpo de Bombeiros, os responsáveis pelo museu apresentaram um projeto para obter a autorização em 2004 e conseguiram a aprovação, mas não deram prosseguimento ao pedido. O passo seguinte seria solicitar uma visita de verificação dos bombeiros. Só depois disso a corporação pode fornecer um alvará atestando a segurança do local.
Ainda de acordo com a corporação, neste mês o museu apresentou um novo projeto para o prédio, que inclui uma estação do metrô, mas ainda não teve resposta.
Nesta terça, funcionários do museu relataram ao chefe da Defesa Civil da capital, Milton Persole, que o incêndio pode ter começado durante a troca de uma luminária. "Foi citado que o incêndio iniciou-se na troca de uma luminária. Quando o funcionário voltou com a nova peça, já tinha dado um curto-circuito e o fogo já estava em um processo muito rápido [de expansão]", afirmou Persole.
Ele ponderou, porém, que essa informação só poderá ser confirmada após a conclusão dos laudos da perícia e investigação da Polícia Civil. Para Persole, a ação da brigada de incêndio do próprio museu foi eficaz e garantiu a segurança dos funcionários durante a saída do prédio.
Três horas de combate ao incêndio
O incêndio de grandes proporções que atingiu o Museu da Língua Portuguesa, na região central de São Paulo, foi extinto por volta das 20h desta segunda-feira (21), após cerca de três horas de combate, segundo o comandante geral dos Bombeiros, Rogério Bernardes Duarte.
A origem do incêndio ainda não foi identificada, como apontou Duarte, que destacou que o fogo não atingiu a Estação da Luz -que abrange o prédio histórico do século 19. O local, de acordo com ele, foi fechado apenas por medida de segurança.
Acredita-se que o fogo tenha começado por volta das 16h30 no primeiro andar do museu e rapidamente passou para os andares de cima. Parte do telhado de todo o prédio histórico, que abrange também a Estação da Luz, foi destruída. O local não estava aberto para visitas. Um bombeiro civil, funcionário do local, morreu.
O acervo digital tanto das exposições permanentes como das temporárias também está resguardado, já que, segundo o secretário, há cópias dos materiais armazenados em outros lugares. "Tudo poderá ser refeito."
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