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Vazamento em barragem rompida em Jacareí está contido, diz Cetesb

Trecho de lagoa de mineradora desativada em Jacareí, onde a barragem foi rompida - Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo
Trecho de lagoa de mineradora desativada em Jacareí, onde a barragem foi rompida Imagem: Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

06/02/2016 22h00

O vazamento ocorrido pelo rompimento de uma barragem em Jacareí (84 km de São Paulo), que lançou resíduos de mineração no rio Paraíba do Sul, foi contido por volta das 13h20 deste sábado (6), segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

O vazamento havia afetado aproximadamente 75% do abastecimento de água em São José dos Campos (SP), que havia sido interrompido. A água voltou a ser redistribuída na tarde deste sábado.

O rompimento da barragem aconteceu na noite de sexta-feira (5). O manancial abastece cidades de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O material encontrado no rio e levado a análise concluiu que, além de alterações na turbidez (transparência), a água apresentava a presença de alumínio e ferro acima dos valores de referência de qualidade da água estabelecidos pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

Segundo a Cetesb, o resultado está dentro do esperado, dadas as características do solo da região, propício ao acúmulo de ferro e alumínio. “Nas concentrações encontradas, os dois metais não oferecem riscos à fauna aquática e à saúde humana”, informou em nota.

Foram coletadas amostras de água no local do rompimento e em pontos localizados antes e depois do vazamento. As amostras ainda serão analisadas quanto à presença de produtos sólidos, cujo resultado deve ser divulgado neste domingo (7).

O lançamento de rejeitos aconteceu durante atividade de extração da mineradora Rolando Comércio de Areia em uma cava de areia próxima ao rio. A empresa depositava, irregularmente, os rejeitos na cava da Meia Lua 1, de outra mineradora, que está com as atividades paralisadas e em processo de renovação de licença.

O lançamento não autorizado elevou o nível de sedimentos na lagoa, o que resultou no rompimento da estrutura. Não houve feridos no local.

A fiscalização dos portos de areia da região cabe à Cetesb, que determinou à Rolando Comércio de Areia a recuperação da área para conter o vazamento.

Por já ter sido multada por descumprir a legislação municipal, a multa para a empresa responsável pelo funcionamento da mineradora desta vez foi dobrada: R$ 11.760. A penalização por despejar rejeitos na cava da mineradora paralisada deve ser fixada pela Companhia Ambiental na quarta-feira (10).

A Rolando Comércio de Areia foi procurada para comentar o caso, mas os telefones não atenderam. (Com Agência Brasil)