Topo

Justiça bloqueia R$ 500 milhões da Samarco, Vale e BHP Billiton

Da Agência Brasil

22/02/2016 15h19

A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 500 milhões da Samarco, para assegurar a efetivação de medidas para recuperação do meio ambiente e da área urbana do município de Barra Longa (MG), um dos mais atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), em novembro de 2015.

Entre os prejuízos causados ao município, houve devastação do distrito de Gesteira e destruição de equipamentos públicos, obras de infraestrutura, redes de saneamento e de abastecimento de água, além de escolas. Além do bloqueio do dinheiro, a Samarco e suas controladoras Vale e BHP Billiton deverão apresentar, em até 30 dias, projetos para  recuperar, em seis meses, os bens públicos e de infraestrutura danificados na cidade.

Segundo os promotores de Justiça Thiago Fernandes de Carvalho e Bruno Guerra de Oliveira, autores da ACP, "de todos os municípios atingidos pela barragem, sem dúvida alguma, o município de Barra Longa foi o mais atingido e destruído, quando se leva em conta os bens e equipamentos públicos que foram danificados".
 
A ação na Justiça ocorre paralelamente a negociações para um acordo entre a Samarco e o governo brasileiro, que envolveria o processo indenizatório de 20 bilhões de reais por danos causados pelo rompimento mortal de uma barragem de rejeitos.
 
A avalanche de lama deixou pelo menos 17 mortos, inundando centenas de quilômetros de vales fluviais em dois Estados (Minas Gerais e Espírito Santo) e atingindo o Rio Doce e o Oceano Atlântico.
 
Contatada, a Samarco confirmou a ordem judicial e disse que "está adotando as medidas judiciais para revertê-la".
 
A empresa afirmou que defende a revogação do bloqueio como "medida necessária para que possa dar continuidade às ações que já estão em andamento para mitigar os impactos sociais e ambientais decorrentes do acidente".
 
Vale e BHP não comentaram o assunto imediatamente.

O caminho de destruição da onda de lama da Samarco

UOL Notícias