Doria diz que começará programa de concessões e privatizações pelo Anhembi
O prefeito eleito de São Paulo, João Doria Júnior, disse que irá começar o programa de privatizações e concessões da sua gestão pelo Anhembi e, em seguida, com o parque do Ibirapuera. “Vamos começar o processo já em 2017”, afirmou durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (7).
Doria elogiou as tentativas de concessão do Anhembi feitas pela administração de Fernando Haddad (PT), mas não detalhou o que mudaria, já que o petista não conseguiu efetivar sua intenção.
Já sobre o Ibirapuera, o prefeito eleito lembrou da concessão do Central Park, em Nova York. Mais uma vez, descartou a cobrança de entradas, mas indicou que as empresas que vencerem as possíveis concessões poderiam conseguir rendimentos com a venda de alimentos e cobrança de estacionamento, entre outras medidas.
"Vamos usar o Ibirapuera como modelo, como referência", disse o futuro prefeito, sobre a intenção de fazer o mesmo com outros parques.
O prefeito eleito disse que irá reduzir a estrutura da Prefeitura de 27 para 22 secretarias, mas não detalhou quais serão as pastas extintas. Indicou, no entanto, que serão criadas duas novas: Inovação e Tecnologia e a de Participação e Privatização.
Tarifa
Sobre o preço das passagens de ônibus, Doria reiterou que não vai aumentar a tarifa em 2017. "Foi uma decisão de bom senso. É inimaginável que numa cidade de 2 milhões de desempregados se aumente a tarifa", disse o prefeito eleito. Para subsidiar esse custo extra no sistema de transporte, Doria diz contar com o pagamento de R$ 400 milhões que o governo federal deve à Prefeitura de São Paulo. Segundo ele, o presidente Michel Temer se comprometeu a honrar o compromisso.
Sobre as promessas de campanha, Doria voltou a dizer que as velocidades máximas permitidas nas Marginais Tietê e Pinheiro vão ser elevadas de volta aos valores anteriores ao programa de redução atual, mas acrescentou que será mantida a velocidade do 50 km/h para as demais vias da capital.
Doria disse ainda que irá acabar com o programa Braços Abertos, de reabilitação e inclusão social de dependentes químicos, que ele classificou como "um horror".
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