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Dez detentos fogem de presídio na região metropolitana de BH

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

15/01/2017 12h33

Dez detentos fugiram do presídio de Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte, por volta de 3h deste domingo (15), informou a Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais. Não há registro de rebelião, motim ou feridos.

Os nomes e as sentenças dos presos não foram divulgados.

O presídio fica na área central de Ibirité, cercada por diversas lanchonetes e lojas, além de residências. Os presos teriam serrado as grades das celas e fugido por uma mata que fica no fundo da unidade prisional, usando uma "teresa", corda artesanal feita de tecidos.

Havia 13 presos na cela, mas três deles não quiseram participar da fuga.

O 48º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais faz buscas na tentativa de localizar os detentos desde o início da manhã deste domingo, mas até o momento nenhum deles foi localizado.

O presídio de Ibirité tem capacidade para 102 detentos, mas a ocupação era de 148 pessoas.

Fuga no Paraná

Neste domingo, presos fugiram após a explosão de um muro do Complexo Penitenciário de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Houve troca de tiros entre fugitivos e policiais na sequência da explosão. Ao menos 25 presos teriam escapado.

Fuga na Bahia

Na sexta, 38 detentos fugiram de um presídio e de uma cadeia de Salvador e Santo Antônio de Jesus, na Bahia, em menos de 24 horas. As fugas levaram o governador Rui Costa (PT) a exonerar o diretor da Cadeia Pública do Estado, o capitão da Polícia Militar Fagner Araújo Carvalho, e o diretor adjunto, Paulo Cesar Gonçalves Sacramento. 

Rebeliões

O final de semana também foi marcado por rebeliões e mortes. Na maior penitenciária do Rio Grande do Norte, pelo menos 10 presos morreram após 14 horas de rebelião e briga de facções neste sábado (14).

Na Penitenciária de Regime Fechado de Tupi Paulista (561 km de São Paulo), dois presos foram mortos na noite de quinta-feira (12). São as primeiras mortes em presídios paulistas desde o início da crise penitenciária no Norte do país, com os massacres em Manaus (64 mortos) e Boa Vista (33) na primeira semana do ano.