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Secretário diz que não há rebelião em Alcaçuz e que PMs estão separando facções

Do UOL, em São Paulo*

17/01/2017 18h29Atualizada em 17/01/2017 18h29

A separação entre os grupos de presos rivais dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, está sendo feita por policiais militares já que os detentos estão "soltos" na unidade e não há "barreiras físicas" que possam dividi-los, informou o governo do Rio Grande do Norte na tarde desta terça-feira (17).

"São policiais militares que estão garantindo a separação entre esses grupos rivais em virtude de não existir barreiras físicas que garantam a segregação desses grupos", informou Caio Bezerra, secretário de Segurança Pública do Estado, durante entrevista a jornalistas.

O secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, Wallber Virgolino, afirmou que os presos estão "soltos" na penitenciária, explicando que eles estão fora de seus pavilhões de origem. "Nós temos hoje 1.600 presos soltos lá dentro. A previsão é daqui para sexta-feira (20) voltar para os pavilhões e recontar [os presos]", disse Virgolino.

De acordo com os secretários, a penitenciária foi depredada, e obras só poderão ser feitas quando os presos voltarem para os pavilhões.

Questionado sobre uma nova rebelião registrada hoje em Alcaçuz, o secretário de Justiça negou que tenha ocorrido. "Rebelião é o total confrontamento entre todos os presos da unidade. Não houve rebelião porque não houve esse confronto. Motim é qualquer tipo de ação que fuja à normalidade. Houve um início de motim, que está sendo debelado", falou.

Durante todo o dia, a reportagem do UOL observou que os detentos circulam tranquilamente entre os pavilhões e sobre os telhados dos prédios. Um detento falou à reportagem que "o que separa nós do outro grupo são 50 metros, não tem polícia no meio".

No último fim de semana, uma rebelião na maior unidade prisional do Estado terminou com ao menos 26 detentos mortos

(*) Com Carlos Madeiro, colaboração do UOL, em Natal