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Peritos encontram pedaços de corpos na penitenciária de Alcaçuz, no RN

Peritos do Itep (Instituto Técnico-Científico de Polícia) do Rio Grande do Norte fazem varredura na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, em busca de partes de corpos de detentos mortos - Andressa Anholete/AFP
Peritos do Itep (Instituto Técnico-Científico de Polícia) do Rio Grande do Norte fazem varredura na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, em busca de partes de corpos de detentos mortos Imagem: Andressa Anholete/AFP

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Natal

21/01/2017 18h46Atualizada em 21/01/2017 19h22

O Itep (Instituto Técnico-Científico de Polícia) do Rio Grande do Norte confirmou que peritos encontraram, neste sábado (21), pedaços de corpos de detentos dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal.  

De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado, duas cabeças foram achadas na fossa da unidade. O material coletado na penitenciária passará por análise para identificação. 

A dúvida que existe é se as partes de corpos localizadas hoje são de presos mortos na primeira rebelião, ocorrida no fim de semana passado, ou no confronto de facções da última quinta-feira (19).

Segundo vídeos e relatos de detentos, ao menos três presos foram mortos na penitenciária na última quinta-feira durante briga entre grupos rivais. O governo confirmou que houve mortes, mas não soube informar a quantidade.

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AFP

Crise carcerária

No fim de semana passado, uma rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz terminou com ao menos 26 presos mortos.

Dos 26 corpos, 22 foram identificados e liberados para seus parentes. Alguns deles, porém, foram entregues sem partes do corpo, como a cabeça.

Violência no RN

Desde a primeira rebelião, o governo estadual tenta retomar o controle da penitenciária.

Na última quarta-feira (18), houve a transferência de presos para outras unidades prisionais, o que gerou uma onda de violência na região metropolitana de Natal.

Em reação contra as transferências, ônibus de transporte público foram incendiados, levando as empresas a retirarem os veículos das ruas.