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Para retomar a ordem, governo anuncia 70 agentes penitenciários em Alcaçuz

Guerra de facções em Alcaçuz é por força, filiações e dinheiro - Andressa Anholete/AFP - 16.jan.2017
Guerra de facções em Alcaçuz é por força, filiações e dinheiro Imagem: Andressa Anholete/AFP - 16.jan.2017

Do UOL, em São Paulo

23/01/2017 20h32

Após 10 dias de conflitos entre facções, o governo do Rio Grande do Norte anunciou nesta segunda-feira (23) o reforço de 70 agentes penitenciários no presídio de Alcaçuz. Caio Bezerra, secretário de Segurança Pública e da Defesa Social, afirmou, em entrevista coletiva, que o aumento de funcionários e uma série de obras provocará um "choque de gestão". A entrada dos agentes está marcada para esta terça-feira (24).

Os detentos continuam sem controle dentro da penitenciária onde, no dia 14 de janeiro, houve um massacre com pelo menos 26 mortes de presos. 
 
Bezerra afirmou também que será concluído um muro no pavilhão 5 para separar facções. Para evitar confrontos, membros do Sindicato do Crime não terão mais contato físico com os do PCC (Primeiro Comando da Capital). Na tentativa de impedir a escavação de túneis, o secretário disse que será colocado concreto na base murada.
 
Ele também disse que será construída uma cerca com sistema de alarme, afastada 50 metros do entorno de Alcaçuz, para evitar a entrada de armas. Por causa de uma "infraestrutura fragilizada", o secretário admitiu que os detentos recebem de "bandidos" armas jogadas por cima do muro da prisão.
 
O governo do RN também diz que irá implantar um sistema de vídeo monitoramento, reparar as guaritas interditadas; além de fazer uma limpeza no entorno no presídio. 
 
Para assegurar a entrada da polícia no pavilhão 5, será executada uma obra de um sistema de portões coordenados.
 
Segundo ele, as obras e o reforço de agentes são medidas necessárias para retomar o comando da prisão e começarão "imediatamente".