Passageiros são assaltados e ônibus é incendiado na Grande Vitória
Um ônibus foi incendiado no início da tarde desta segunda-feira (13) em Vila Velha (ES), na Região Metropolitana de Vitória. Segundo informações da Guarda Municipal, criminosos em um carro roubado pararam o veículo da viação Sanremo no bairro Torquato, assaltaram os passageiros, fizeram com que eles descessem e atearam fogo ao coletivo.
Na semana passada, os ônibus chegaram a parar de circular alegando insegurança; o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari, no litoral capixaba, foi assassinato na quinta-feira (9) em Vila Velha quando seguia para o trabalho.
No mesmo dia, motoristas de Vitória relataram que homens armados ameaçaram incendiar seus veículos caso eles não deixassem de circular.
Apesar do incidente, o Sindicato do Rodoviários de Vitória informou que a circulação de ônibus na capital está mantida. “Após reunião de avaliação ficou definido que será mantida a operação das linhas troncais até à meia-noite. As linhas alimentadoras (que saem dos bairros para os terminais) encerraram o trabalho às 21h. A mesma programação fica mantida para esta terça-feira (14)”, informou, em nota, o sindicato.
Desde o início da paralisação dos policiais, no dia 4 de março, mais de 140 homicídios foram registrados no Espírito Santo. Apenas no dia 6, foram 40 mortes, segundo o Sindipol-ES (Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo).
Nesta segunda, os capixabas tentam voltar à rotina. Além dos ônibus, as escolas e repartições públicas também retomaram as atividades.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, cresceu o número de policiais militares que se apresentaram para trabalhar. Ao menos 1.192 PMs atenderam ao Chamado Operacional na manhã de hoje, 317 a mais do que foi registrado no mesmo período no domingo. Esse número representa cerca de 12% dos 10 mil policiais que integram o efetivo da Polícia Militar capixaba.
Além dos 1.100 PMs, a segurança no Estado é feita também por cerca de 3.000 militares e agentes da Força Nacional de Segurança, que estão em território capixaba desde o início da semana passada, quando o motim de policiais agravou a falta de segurança no Espírito Santo.
No total, o Espírito Santo teve, no domingo, a atuação de 1.236 PMs. Desses, 875 se apresentaram na chamada da manhã de ontem.
Ao UOL, a ASC (Associação de Cabos e Soldados) da PM do Espírito Santo disse que o movimento de familiares --que chega a seu décimo dia-- continua. Os familiares pedem reajuste salarial de 43% e anistia para os policiais indiciados por crime militar ao integrarem a paralisação. Há previsão de um encontro com representantes do governo para esta tarde.
Segundo a secretaria, a "chamada operacional é a forma encontrada para que a Polícia Militar comece a trabalhar".
Um policial que não quis se identificar ressaltou o fato de a totalidade da tropa ter voltado ao trabalho e que os que retornaram às atividades estão atuando sem condições ideais. "Totalmente sem segurança", disse. "Só algumas viaturas que não dão conta das ocorrências e restante a pé. Se algum policial precisar de apoio, não tem".
A secretaria, porém, ressalta que "60 viaturas foram empregadas hoje [segunda] no patrulhamento ostensivo".
*Colaborou: Nathan Lopes
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