PRF acha joias em carro; homem diz que peças são de empresa investigada no caso Cabral
Agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreenderam na noite dessa quinta-feira (6) uma grande quantidade de joias, avaliadas em cerca de R$ 10,5 milhões, que estavam escondidas em um veículo Volkswagen Jetta. A apreensão aconteceu durante uma fiscalização de rotina no município de Itatiaia, que fica cerca de 170 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro.
O motorista que conduzia o veículo e o seu advogado afirmaram que tanto o carro quanto as joias pertenciam a Sara Joias. A joalheria é citada na Operação Calicute, que investiga o esquema de propinas chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
O ex-governador e a mulher, Adriana Ancelmo, são acusados de comprar joias sem nota fiscal como forma de lavar o dinheiro desviado. Cabral está preso em Bangu e Adriana cumpre prisão domiciliar.
Os policiais rodoviários estavam fiscalizando os veículos na altura do Km 319 da rodovia Presidente Dutra, no sentido Rio de Janeiro, quando encontraram as joias escondidas na blindagem do carro, armazenadas em oito estojos compactos. Entre as peças havia gargantilhas, brincos, pulseiras e cordões.
As joias tinham etiquetas de preços, mas estavam sem nota fiscal, por isso, o condutor do veículo, um homem de 50 anos que não foi teve o nome divulgado pela PRF, foi encaminhado ao Posto Fiscal de Nhangapi. Ele foi enquadrado em crime contra a ordem tributária.
O UOL entrou em contato com a empresa, falou com um funcionário que se identificou como Mauro, que pediu para retornar a ligação em cinco minutos. Até a publicação dessa reportagem foram feitas várias tentativas de contato, sem sucesso.
As joalherias Sara Joias, Antonio Bernardo e H. Stern são investigadas por vender joias a Cabral e Adriana Ancelmo sem notas fiscais. As empresas chegaram a criar um sistema de compensação paralela, em que cheques do casal eram trocados por dinheiro, como forma de não deixar rastros das compras.
A direção da H. Stern fechou acordo de delação premiada. Os diretores vão prestar serviços à comunidade, além de pagar multa de R$ 18,9 milhões. (Com Estadão Conteúdo)
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