Com cortes nos braços, adolescente autista se diz vítima da "Baleia Azul"

A Secretaria de Educação de Duque de Caxias (RJ), na Baixada Fluminense, está monitorando o caso de um aluno do 6º ano que chegou à escola com cortes nos braços. Aos funcionários do colégio, ele disse ter assistido a um vídeo com práticas de violência e automutilação, possivelmente ligado ao jogo da Baleia Azul, que em último caso pode induzir o participante ao suicídio.

De acordo com a secretaria, o menino é autista e terá a sua identidade preservada. As primeiras providências foram encaminhar o caso ao Conselho Tutelar da cidade e ao serviço de saúde, para tratamento. Os cortes foram apenas superficiais.

Por meio de nota, a pasta informou que continua monitorando o caso e orientando toda a rede para que haja atenção especial para situações desse tipo.

Segundo a secretária Marise Moreira Ribeiro informou, estão sendo tomadas as medidas cabíveis para a proteção do adolescente, que requer cuidados especiais. "Estamos divulgando informações sobre o caso para os gestores de todas as nossas unidades escolares, para que eles estejam alertas em observar possíveis situações como essa".

Marise contou que ao perceberem o menino com os braços cortados, os profissionais do colégio ligaram o alerta. "Quase todo mundo já estava sabendo da situação desse jogo, e aquilo surpreendeu a professora e a equipe da direção, que tão logo que percebeu aquilo retirou o aluno da sala e chamou seu responsável". Segundo ela, o garoto já chegou ferido de casa.

Quando forem constatados casos desse tipo, a secretaria está orientando as unidades escolares a encaminhar o aluno à equipe pedagógica e educacional, além de procurar imediatamente a família.

Os casos devem também ser encaminhados à Secretaria Municipal de Educação e ao Conselho Tutelar. Também deve-se orientar e acompanhar a família até o Sistema Único de Saúde e por fim manter a discrição sobre o assunto, com o objetivo de preservar os estudantes.