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Polícia flagra plantação de maconha na UnB; estudantes são detidos

A plantação foi encontrada no campus Darcy Ribeiro, o maior dos quatro campi da UnB - Divulgação/Polícia Civil do DF
A plantação foi encontrada no campus Darcy Ribeiro, o maior dos quatro campi da UnB Imagem: Divulgação/Polícia Civil do DF

Jéssica Nascimento

Colaboração para o UOL, em Brasília

20/04/2017 11h58Atualizada em 20/04/2017 12h29

Três homens foram detidos por cultivarem uma plantação de maconha dentro da UnB (Universidade de Brasília). De acordo com a Polícia Civil, dois deles – que tem 21 e 22 anos - eram estudantes de Engenharia (de Redes e Mecânica). Já o de 29 anos é graduado em Administração. Os envolvidos plantavam a droga de forma associada e mantinham imagens do desenvolvimento das plantas em celulares.

A apreensão ocorreu na tarde desta quarta-feira (19). No local, foram encontradas garrafas PET com água (para regar as plantas), adubos e veneno para formigas. A plantação foi encontrada no campus Darcy Ribeiro, o maior dos quatro campi da UnB, localizado na Asa Norte. Com mais de 500 mil m² de área construída, diariamente o local recebe de 20 mil a 35 mil pessoas.
 
Em nota, a Diretoria de Segurança da Universidade de Brasília informou ao UOL que os pés de maconha foram encontrados em um terreno a cerca de 1,5 km da área de uso comum do Centro Olímpico, próximo à margem do Lago Paranoá. Disse também que técnicos do campus acompanharam os policiais na varredura e se colocaram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. 
 
“A universidade repudia qualquer tipo de prática ilícita, dentro e fora de suas dependências. A Administração Superior tomará as medidas cabíveis. Um processo administrativo para apurar responsabilidades será instaurado imediatamente”, disse no comunicado.
 
Segundo o delegado da Cord (Coordenação de Repressão a Entorpecentes), Rodrigo Bonach, um dos envolvidos já tinha passagem pela polícia por posse de droga. O outro estaria prestando o concurso para oficial do Corpo de Bombeiros. A Cord já tinha um inquérito instaurado somente para investigar a situação na UnB.
 
Na delegacia, os suspeitos assinaram um termo circunstanciado por tráfico privilegiado e cultivo para consumo próprio, com penas que podem variar de sete meses a um ano e oito meses de detenção, já aplicada à causa de aumento de pena.
 
“Devemos considerar que os crimes foram praticados nas dependências de estabelecimento de ensino, em área pertencente à Universidade de Brasília. Os jovens assumiram o crime. Disseram que cultivavam para consumo próprio”, explica o delegado.