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Estudante agredido por PM com cassetete em Goiânia recebe alta

Do UOL, em São Paulo

11/05/2017 14h58Atualizada em 11/05/2017 16h04

O estudante Mateus Ferreira da Silva, 33, agredido por um PM em Goiânia durante uma manifestação no dia 28 abril, recebeu alta nesta quinta-feira (11), segundo boletim médico divulgado pelo Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia).

Silva participava de um ato durante a greve geral convocada por centrais sindicais quando foi atingido por um golpe de cassetete desferido pelo capitão da Polícia Militar Augusto Sampaio de Oliveira Neto.

O golpe foi tão forte que arrancou a capa de borracha que encobre o cassetete. O estudante teve traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas.

Em nota divulgada hoje, o hospital informou que Silva está em “boas condições clínicas”. O boletim diz ainda que o paciente recebeu assistência multidisciplinar durante o período de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermaria e que deverá continuar o tratamento via ambulatorial.

Veja o momento da agressão ao estudante

UOL Notícias

PM afastado 

A Polícia Militar de Goiás afastou o capitão Sampaio, subcomandante da 37ª Companhia Independente, após a divulgação de um vídeo da agressão.

Sampaio continua trabalhando, mas em funções administrativas internas. O período para a conclusão da averiguação é de 30 dias. Se houver denúncia, o capitão será encaminhado à Justiça Militar.

Em nota divulgado um dia após o caso, a Secretaria de Segurança Pública do Estado condenou as agressões, defendeu o "direito constitucional e legítimo" de se manifestar "de forma pacífica e ordeira" e afirmou ter aberto investigação para averiguar a atuação dos policiais.

Essa não seria a primeira vez que o capitão Oliveira Neto teria se envolvido em agressão. Segundo reportagem da "TV Globo", consta da ficha do PM o envolvimento em ao menos quatro casos de agressão, incluindo violência a menores de idade em situação de rua, entre 2008 e 2010. Oliveira Neto nunca foi punido por nenhuma delas, segundo a TV.

Sampaio não se manifestou publicamente sobre o caso. A Associação dos Oficiais da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás realizou na semana passada um café da manhã em apoio ao capitão.