Topo

Mãe e padrasto são acusados de matar menino de 9 anos enforcado

Reprodução/TV Anhanguera
Imagem: Reprodução/TV Anhanguera

Demétrio Vecchioli

Colaboração para o UOL

22/05/2017 16h57

O que começou com a falsa notificação de crime terminou com a polícia encontrando o corpo do menino Antônio Jorge Ferreira da Silva, de apenas 9 anos, morto pelo padrasto, Renato Carvalho Lima. Ele admitiu o assassinato por estrangulamento a mando da mãe do garoto, Jeannie da Silva de Oliveira, que também está presa.

O caso começou a ser investigado no sábado (20), quando Jeannie, de 26 anos, e o namorado dela, Renato, de 20, procuraram a polícia civil de Goiás para informar que Antônio teria sido sequestrado. De acordo com a versão inicial do casal, Renato devia R$ 850 para traficantes de drogas, que teriam ameaçado sequestrar a criança. Como a dívida não foi paga, Antônio havia sido sequestrado.

Mas, quando Jeannie e Renato foram ouvidos separadamente na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), eles começaram a entrar em contradição e, pressionado, o jovem de 20 anos acabou confessando o crime.

De acordo com o relato de Renato à polícia, ele primeiro esganou o garoto e depois, para garantir que Antônio falecesse, o enforcou com um pedaço de pano. Ainda segundo a versão do padrasto, o assassinato foi um pedido expresso da mãe, que teria alegado que não aguentava mais o menino e estava cansada dele.

O próprio assassino revelou o local onde estava o corpo: um matagal a poucas quadras de onde vive o casal, na sobreloja de uma oficina mecânica. Segundo a assessoria de comunicação da polícia civil informou ao UOL, o corpo fora coberto por um papelão e já estava em estado avançado de decomposição quando foi encontrado às 22h de sábado (20), quase dois dias depois do assassinato.

Nesta segunda-feira (22), o delegado titular da DEIC, Valdemir Pereira da Silva, escuta depoimeto dos acusados e testemunhas. Na terça-feira (23), ele concederá uma entrevista coletiva para explicar os dados apurados. Jeannie está detida no DEIH, enquanto Renato está na carceragem do DENARC.