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Condenado por latrocínio, motorista de Uber e Cabify é detido em hotel de luxo do Rio

Divulgação/Polícia Civil
Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Eduardo Carneiro

Colaboração para o UOL

31/05/2017 15h57

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve na última segunda-feira Henrique Douglas de Oliveira Reis, conhecido como Galeguinho, apontado como autor de um latrocínio (roubo seguido de morte) na região de Recanto das Emas, Distrito Federal, no ano de 2010.

O homem de 27 anos foi capturado num hotel de luxo na Barra da Tijuca em razão da existência de um mandado de prisão em aberto desde 2016 com a condenação de 18 anos e 8 meses de reclusão no regime fechado.

Em 2010, Henrique Douglas participou com um comparsa de um assalto a uma residência no Recanto das Emas que terminou com duas vítimas baleadas. Glória Maria, a dona da casa, levou um tiro no peito, chegou a ser encaminhada ao hospital, mas não resistiu e morreu aos 49 anos. Já seu filho, Bruno Luiz, à época com 14 anos, sofreu apenas ferimentos na mão.

De acordo com comunicado da Polícia Civil, Henrique Douglas estava no Rio trabalhando como motorista dos aplicativos Uber e Cabify. No entanto, a primeira empresa negou esta informação, alegando que ele foi banido da plataforma no ano passado depois de fazer poucas viagens. O motivo de seu desligamento não foi explicado.

Já o Cabify emitiu nota em que “lamenta profundamente o ocorrido e esclarece que cumpre processos globais de segurança no cadastramento de todos os seus motoristas parceiros”.

A empresa acrescenta que “todos os potenciais motoristas parceiros devem seguir um processo global", composto por etapas como comparecimento presencial à sessão informativa, vistoria de veículo, apresentação e verificação dos documentos do veículo, apresentação e verificação da Carteira Nacional de Habilitação, atestado de antecedentes criminais de âmbito federal e estadual do local do domicílio e exame toxicológico.

“No momento em que o motorista Henrique Douglas de Oliveira Reis solicitou seu credenciamento na Cabify, todos os documentos mencionados foram apresentados, sendo que as referidas certidões criminais foram negativas em relação a eventuais antecedentes. Ao cumprir todas as exigências, Henrique passou a utilizar a plataforma de intermediação de passageiros como motorista parceiro no Rio de Janeiro”, prossegue o comunicado.

A Cabify ainda esclareceu que “quando comunicada de eventual investigação criminal em relação a algum parceiro, a empresa tem por política bloquear o motorista até a conclusão da averiguação pela autoridade competente”.

A Polícia Civil do Rio afirmou que a captura de Henrique foi resultado da troca de informações de inteligência entre a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e unidades da Polícia Civil de outros Estados, o que permitiu a localização do criminoso em conjunto com a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).