Topo

Ação da PM na nova cracolândia de SP termina com dois GCMs feridos e um homem preso

Agentes da Guarda Civil Metropolitana isolam usuários de crack na Praça Princesa Isabel para facilitar a identificação de traficantes e para que a limpeza da praça continue a ser efetuada - Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress
Agentes da Guarda Civil Metropolitana isolam usuários de crack na Praça Princesa Isabel para facilitar a identificação de traficantes e para que a limpeza da praça continue a ser efetuada Imagem: Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

14/06/2017 17h15Atualizada em 15/06/2017 19h49

Uma ação da Polícia Militar e da GCM (Guarda Civil Metropolitana) na praça Princesa Isabel, no centro de São Paulo, terminou com dois feridos e um preso no final da tarde desta quarta-feira (14). O tumulto aconteceu três dias depois de uma operação da PM que esvaziou a praça por algumas horas, no último domingo (11), até que as barracas armadas pelos usuários de crack fossem retiradas. Desde o último dia 21, depois de operação das polícias Militar e Civil e da GCM, a praça --localizada em reduto histórico da capital paulista --se tornou a nova cracolândia da capital, com dependentes químicos oriundos da rua Helvétia e da alameda Dino Bueno, a cerca de 400 metros dali.

De acordo com a assessoria de imprensa da PM, os policiais estavam no local em maior efetivo que o de rotina por conta de operação de combate ao tráfico na região da Luz.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que, no total, 200 homens faziam uma operação contra roubos e furtos em bairros próximos e que houve um reforço no policiamento no entorno da cracolândia após um ônibus ser depredado próximo dali.

Segundo a PM, os dois GCMs feridos, cujas identidades não foram divulgadas, acabaram encaminhados ao hospital Santa Casa, no centro. Um homem, também não identificado, mas que estaria no 'fluxo' de usuários, foi preso e encaminhado ao 77º DP como suposto autor das agressões.

A Secretaria de Comunicação da Prefeitura informou que a presença da GCM no local seria apenas apoio à ação de zeladoria municipal pela limpeza da praça. Ainda segundo a Secom, o tumulto teria começado no momento em que PMs da operação na vizinhança entraram na praça em busca de um suspeito de tráfico. As equipes de limpeza do município ainda estavam lá --razão pela qual a GCM, em efetivo maior que o do dia a dia, também estava.

O UOL apurou que comerciantes do entorno da praça baixaram as portas no momento em que a confusão teve início, perto das 16h. Um deles, dono de um restaurante, disse ter ouvido barulhos de bomba e que policiais chegavam à Princesa Isabel em ação contra traficantes.

Depois da operação de domingo, os usuários ficaram impedidos pela prefeitura de armar novas barracas na praça --como vinha ocorrendo, às dezenas, desde a ação do dia 21.