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Homem simula sequestro, aceita "pechincha" no resgate e é preso ao voltar pra casa

Reprodução/Google Maps
Imagem: Reprodução/Google Maps

Demétrio Vecchioli

Colaboração para o UOL

23/06/2017 13h43

Os policiais da Delegacia Antissequestro (Deas) de Santos se mobilizaram na noite da terça-feira para apurar um caso de sequestro ocorrido em Mongaguá, também no litoral paulista. Um dia depois, chegaram ao criminoso: o próprio homem, de 23 anos, que fugiu de casa e ligou para a mãe disfarçando a voz e pedindo R$ 10 mil em resgate.

O detalhe é que ele ficou satisfeito com R$ 1 mil e foi preso ao voltar para casa.

O suposto sequestro de Gabriel Felipe do Nascimento foi comunicado à polícia pela família às 18h de terça-feira. A mãe relatou na Delegacia de Mongaguá que recebeu uma ligação de um número com DDD 11 (região metropolitana de São Paulo) pedindo R$ 10 mil resgate do filho. O caso imediatamente foi levado para a Deas de Santos, que iniciou as investigações.

Uma das ações dos policiais foi checar a quem pertencia a conta corrente na qual a família deveria depositar o valor combinado do resgate. E ela era do proprietário do quiosque no qual Gabriel trabalha. Procurado pelos policiais, o patrão contou que, há cerca de um mês, o homem pediu o número de sua conta corrente, para que uma tia de Minas Gerais depositasse R$ 7 mil para ajudá-lo a construir uma casa.

Nem desconfiou que, na verdade, Gabriel precisava do número de uma conta corrente para que a própria família pagasse seu suposto resgate. Já na quarta-feira veio o pagamento: R$ 1 mil. Pouco depois, Gabriel ligou para a família de seu próprio número de telefone afirmando que estava em São Paulo, havia sido libertado, e já estava voltando para Mongaguá.

A polícia, que rastreava o celular, já estava esperando por ele e o prendeu em flagrante pelo crime de extorsão. Gabriel foi levado à Cadeia Pública de Peruíbe, mas não deve permanecer preso, uma vez que a vítima do crime, sua própria mãe, já avisou que vai retirar a denúncia.

Gabriel teria cometido o crime com o intuito de obter dinheiro para pagar uma festa para a namorada, mas o delegado responsável pelo caso, Renato Mazagão Júnior, não confirma a informação.