Estudante realiza sonho e ganha casa de Huck, mas falta de muro vira preocupação
Danilo Correa da Silva, 31, teve seu sonho realizado ao ganhar uma casa "do jeito que pediu" no quadro "Lar Doce Lar", do programa Caldeirão do Huck, da TV Globo. No entanto, a falta de segurança e de estrutura do bairro em que ele vive levou algumas pessoas a voltarem a se mobilizar para ajudá-lo e fazer ajustes na nova residência. A falta de um muro faz o morador se preocupar com a violência do local.
Natural de Belém (Pará), Danilo mora atualmente em Palmas, capital do Tocantins. Estudante de Filosofia na Universidade Federal de Tocantins (UFT) e de Direito no Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp-Ulbra), ele vendia balas na primeira instituição e apostilas na segunda para juntar dinheiro e realizar o sonho de trazer do interior baiano a mãe, Lindinalva Correa, para viver com ele.
A história de Danilo foi enviada ao Caldeirão do Huck por uma jornalista amiga do estudante na UFT e sensibilizou o apresentador e a produção do programa, que o convidaram para participar do Lar Doce Lar - o quadro foi ao ar no último sábado.
Graças ao quadro, a casa que o paraense construía devagar e com dificuldades foi totalmente transformada. Lindinalva veio da Bahia para morar com o filho e realizar seu sonho. O lar, no entanto, é protegido apenas por cercas de madeira. “O Caldeirão me entregou uma casa linda e perfeita, exatamente do jeito que eu pedi. Não pedi muro nenhum para eles. Era tanta alegria na hora que eu nem me preocupei”, conta Danilo em entrevista ao UOL.
A falta do muro, porém, passou a ser um problema para ele nos últimos dias, já que a casa chamou muita atenção da vizinhança “Tem gente que joga pedrinha no telhado, parece que pra saber se tem gente aqui. Aí quando saio e acendo a luz, espanto. Fiquei meio preocupado com isso, não vim dormindo direito”, contou o estudante, que apesar disso isentou a produção do programa de culpa.
Danilo ainda apontou a necessidade da construção de um poço artesiano na residência. Ele alega que depende de um caminhão-pipa, que passa pela região uma vez por semana, e faz uso de uma água de cor amarelada, o que o preocupa em relação a doenças.
Vaquinha
Não foi só Luciano Huck que se sensibilizou com a história de Danilo. Ao assistir ao quadro no último sábado em Vitória, Espírito Santo, a milhares de quilômetros da nova casa do estudante, o advogado Hygoor Jorge, cristão convicto, foi tomado pelo desejo de conhecê-lo.
“Não foi por causa do sonho dele de ser juiz federal (que Danilo revelou durante o programa), mas porque Deus falou comigo. A vida dele é de um genuíno orador e servo, que adora Deus independentemente da circunstância. Poucas pessoas têm essa maturidade espiritual”, afirmou ele ao UOL, destacando que, ao ganhar a casa, o estudante se ajoelhou e agradeceu a Deus antes de prestar atenção no presente.
Hygoor ainda apontou outra coincidência: assim como Danilo, ele pôde realizar o sonho de ter uma casa própria quando menos esperava. “ O lugar onde moro hoje foi um milagre. Do nada o negócio virou, era uma ação (judicial) perdida. Ao contrário de tudo que se apresentava, Deus me deu (a casa) da noite por dia. Moro num lugar lindo, que tem muita história na minha vida e na minha esposa. Tive muita identificação com o Danilo”.
Diante disso, o advogado capixaba entrou em contato com a produção do programa para conhecer Danilo. Conversaram por uma hora. Hygoor se prontificou a enviar alguns livros ao estudante e, ao saber da necessidade das construções do muro e do poço, decidiu agir.
“Ele me mostrou que estava buscando um jeito (de reformar a casa), já tinha vários orçamentos... Perguntei se ele conhecia um site de vaquinhas, aí eu fazia o texto para ele. Precisava cadastrar pelo Facebook, e ele me disse que Deus mandou ele entregar o login e a senha do Facebook pra mim. Fiz a vaquinha pelo Face dele, estava lotado de mensagens, desloguei e agora já estamos arrecadando”.
Em pouco mais de 24h, foram arrecadados cerca de R$ 1090 – a meta da vaquinha é de R$ 8500. Além de fazer a reforma, Danilo ainda contou que quer seguir vendendo as balas para ajudar dois irmãos que não moram em Palmas.
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