Metroviários de SP recuam de greve e trabalham normalmente nesta sexta-feira
Os metroviários de São Paulo recuaram e decidiram, em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (29), não aderir à greve geral de sexta (30) proposta por movimentos sindicais contra as reformas do governo federal. Assim, vão trabalhar normalmente ao longo do dia. Na quinta-feira passada (22), os metroviários haviam prometido cruzar os braços amanhã.
Segundo informou ao UOL Wagner Fajardo, coordenador geral do sindicato, o recuo foi decidido democraticamente pela maioria dos funcionários, que analisaram o contexto geral da greve e a decisão de outras categorias, como os ferroviários e motoristas de ônibus, que já haviam resolvido não paralisar as atividades nesta sexta-feira.
Mesmo com a desistência, os metroviários afirmam apoiar a chamada greve geral de amanhã e convocam militantes para um protesto que vai acontecer às 16h, no vão livre do Masp, na avenida Paulista, região central de São Paulo.
Os ferroviários de três linhas já haviam informado a não adesão à greve na semana passada. Na noite desta quinta, as outras duas também decidiram não aderir.
Já o Sindmotoristas-SP (Sindicato dos Motoristas) divulgou uma nota na tarde desta quinta afirmando que só vai participar de um ato político às 11h na praça Ramos de Azevedo, no centro da cidade, convocado pela UGT (União Geral dos Trabalhadores).
Segundo o presidente do sindicato, Valdevan Noventa, o fato de a categoria não aderir à greve não quer dizer que seja a favor das reformas do governo federal. "Nós somos filiados à UGT. A UGT não aderiu e seguimos a orientação. No entanto, vamos participar, com os trabalhadores que puderem, de um dia de conscientização, no ato, na praça Ramos", afirmou ao UOL.
Apesar dessas não adesões, outras categorias reforçam que estarão de braços cruzados amanhã, entre eles, trabalhadores de bancos e da área da saúde, além de petroleiros e professores das redes estadual e municipal de ensino.
A presidente do Sindicato dos Bancários, Juvandia Moreira Leite, não comentou ao UOL o recuo do Sindicato dos Metroviários, mas afirmou que a greve está de pé. "Vamos às ruas lutar contra o desmonte da CLT e o fim da aposentadoria, a terceirização na atividade fim e em defesa dos bancos públicos", disse.
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