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Polícia prende 5 suspeitos por estupro de vulnerável no PI; menor está grávida

Polícia de Esperantina, cidade do interior do Piauí, deflagrou Operação Proteção Integral - Reprodução/Google Maps
Polícia de Esperantina, cidade do interior do Piauí, deflagrou Operação Proteção Integral Imagem: Reprodução/Google Maps

Lucas Borges Teixeira

Colaboração para o UOL

30/06/2017 16h25

Cinco homens foram presos por estupro de vulnerável na manhã desta sexta-feira (30) na região de Esperantina, interior do Piauí. Os suspeitos são acusados de manter relação sexual com menores. Uma delas está grávida e a outra já teve filho.

A Operação Proteção Integral, como foi chamada, emitiu sete mandatos de prisão e realizou cinco prisões nas cidades de Esperantina e Morro do Chapéu, a cerca de 180 km de Teresina. De acordo com a polícia, todos os suspeitos são maiores de idade e mantinham relações sexuais com crianças e adolescentes inferiores a 14 anos, o que configura estupro de vulnerável.

“Não são casos interligados, mas decidimos deflagrar a operação e fazer as prisões juntas também para chamar a atenção da sociedade para este problema”, explica o delegado Leonardo Alexandre, da delegacia de Esperantina, responsável pela operação.

As investigações começaram em 2016, quando Alexandre assumiu a delegacia de Esperantina. “Desde então, viemos apurando e investigando esta prática que, infelizmente, é recorrente na região”, conta o delegado em entrevista ao UOL.

Entre os casos, há familiares das vítimas, como um padrasto e um tio. “Ele mantinha relações com a enteada rotineiramente, mas ela omitia da família. Até que uma irmã começou a desconfiar do comportamento dele, extremamente ciumento com ela”, conta Alexandre. “Ele foi descoberto e o caso levado ao conselho tutelar, que encaminhou para nós.”

Nos outros casos, os homens mantinham relações de união estável com as menores, o que é proibido por lei. “Os pais [das crianças] aceitavam porque achavam que, assim, iriam preservar a imagem das crianças, mas não podem. Eles podem até chegar a sofrer implicações legais por causa disso”, afirma o delegado.

Duas crianças estão envolvidas no caso. Uma de 12 anos está grávida de quatro meses; a outra, de 14, já teve um filho. “A jovem ameaçou perder o ano letivo de 2016 por causa da sua gravidez”, conta Alexandre. “A relação abusiva estava atrapalhando diretamente a vida da menor.”

Os homens responderão estupro de vulnerável, crime hediondo e qualificado que pode levar a até 15 anos de prisão. Em um dos casos, o suspeito também será enquadrado pela Lei Maria da Penha, pois agredia a criança. Todas as jovens fizeram exame de corpo delito para provar os crimes.

O delegado informa ainda que as investigações não param e eles já estão investigando novos casos.