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Jovem morreu por engano em assassinato por encomenda. Alvo era a mãe, diz polícia

Ana Rita Graziela Rodrigues da Silva, de 21 anos, foi assassinada por engano. O alvo era sua mãe - Divulgação/Polícia Civil DF
Ana Rita Graziela Rodrigues da Silva, de 21 anos, foi assassinada por engano. O alvo era sua mãe Imagem: Divulgação/Polícia Civil DF

Lucas Borges Teixeira

Colaboração para o UOL

13/07/2017 11h59

A polícia civil do Distrito Federal concluiu que a jovem Ana Rita Graziela Rodrigues da Silva, de 21 anos, foi assassinada por engano em Brasília, em outubro de 2016. De acordo com as investigações concluídas neste mês, o alvo real era a mãe da vítima, Gilvana, em um assassinato por encomenda.

Na tarde do dia 21 de outubro do ano passado, por volta das 13h20, um homem entrou na loja RG Engenharia, no Núcleo Bandeirante, em Brasília, e deu dois tiros em Ana Rita, que morreu no local. O caso foi inicialmente registrado como latrocínio, roubo seguido de morte, na 29ª delegacia da capital.

As investigações, transferidas para a Delegacia de Repressão a Roubo e Furto (DRF), apuraram que, na verdade, este foi um crime encomendado que deu errado. De acordo com a polícia civil do Distrito Federal, Ana Rita foi morta por engano. O verdadeiro alvo era sua mãe, Gilvana.

Lucas dos Santos Almeida, autor dos disparos, e Cícero Nunes de Lima, motorista do Pálio vermelho na fuga, foram contratados pelo ex-marido de Gilvana, Yuri Hermano de Brito, com quem ela tem outra filha, por que ela o havia traído quando estavam juntos. De acordo com depoimentos prestados à polícia, Janilene Ferreira, companheira de Cícero, teria apontado a vítima errada a Lucas, por causa da semelhança entre mãe e filha.

Ana Rita Graziela Rodrigues da Silva, de 21 anos, foi assassinada por engano. O alvo era sua mãe - Divulgação/Polícia Civil DF - Divulgação/Polícia Civil DF
Semelhança entre mãe e filha teria motivado a confusão e a morte por engano
Imagem: Divulgação/Polícia Civil DF

O grupo, que tem como terceiro elemento o fornecedor de armas Joabis Rodrigues Batista, foi contratado por Yuri, por intermédio de um amigo, Jader Nei Barbosa, por R$ 10 mil. No entanto, só foram pagos os R$ 4 mil de adiantamento quando foi constatado que eles haviam executado a pessoa errada.

Lucas contou à polícia que aceitou o serviço para quitar uma dívida de R$ 1 mil. Ele relatou ainda que Jader “ficou puto” porque ele matou a pessoa errada. “Ainda bem que não era a filha dele [Yuri]”, teria comentado o intermediário.

Yuri, Cícero, Lucas, Janilene e Joabis foram presos ao longo do mês de julho, pela operação nomeada como Hannah. Jader continua foragido.

Durante as investigações, a polícia descobriu ainda que Cícero, Lucas e Joabis estão envolvidos em dois outros assassinatos em Goiás, do jornalista João Miranda do Carmo, em julho de 2016, e do pastor Paulino Rodrigues da Silva, em agosto de 2016, o que indicaria que eles fazem parte de uma quadrilha de matadores por encomenda.