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Protesto de taxistas no Rio tem confronto em frente à prefeitura

Do UOL, no Rio

27/07/2017 06h28Atualizada em 27/07/2017 16h48

Um protesto de taxistas em frente ao prédio da Prefeitura do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (27), terminou em confronto entre manifestantes e policiais militares. O ato seguia sem registro de confusão até 11h15, quando o tumulto começou e rapidamente se intensificou.

Os motoristas lançaram garrafas, morteiros e outros objetos em direção aos PMs, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e disparos de bala de borracha.

O ato --convocado em repúdio aos aplicativos de transporte de passageiros, tais como Uber e Cabify-- começou durante a madrugada e, por volta das 8h, motoristas saíram em carreata com destino ao prédio da administração municipal, no centro da capital.

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Os manifestantes se locomoveram por diversos pontos da cidade, o que provocou problemas no trânsito em alguns pontos.

Por volta das 5h30, um grupo fez uma barricada de fogo nos arredores do aeroporto Santos Dumont, na região central. O Corpo de Bombeiros foi acionado e enviou uma equipe ao local para apagar as chamas. O acesso ao terminal aeroviário chegou a ser interrompido, de acordo com o COR (Centro de Operações do Rio). A situação foi normalizada às 6h05.

Um segundo foco de incêndio foi registrado na rua Equador, na zona portuária, às 5h58, segundo informou o órgão de monitoramento da Prefeitura do Rio. Uma faixa da via foi bloqueada para facilitar o trabalho dos bombeiros.

Os grupos de taxistas manifestantes se concentraram em bairros das zonas norte, oeste e sul da cidade. Eles formaram filas de veículos na orla de Copacabana, na avenida Atlântica (zona sul), e nas avenidas Maracanã e Brasil (zona norte).

Conforme havia sido combinado em reunião com a prefeitura, os trabalhadores não fecharam as ruas com objetivo de provocar o caos no trânsito da capital. O governo informou que, em caso de bloqueios, aplicaria multas de R$ 5.000 aos infratores.

Durante a tarde, após a manifestação, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) afirmou lamentar os episódios de violência e os transtornos na cidade. Observou, por outro lado, que os taxistas têm sido prejudicados com a redução do número de passageiros.

"Lamento profundamente que essa manifestação tenha causado transtornos na nossa cidade e aos nossos munícipes. Agora, de outra forma a gente compreende que é uma expressão de revolta, tristeza e frustração de uma categoria que realmente está sofrendo com a falta de recursos já há algum tempo. E a prefeitura tem feito o que pode fazer."

O ato foi organizado pelo Sindicato dos Taxistas Autônomos do Município do Rio de Janeiro. A categoria reivindica a regulamentação do transporte com carros particulares. O funcionamento do Uber na cidade está sob análise da Justiça.

Os taxistas pedem a fiscalização dos aplicativos de transporte de passageiros, principalmente em estacionamentos irregulares situados perto de shoppings, aeroportos, eventos, shows e da Rodoviária Novo Rio, no Santo Cristo (zona portuária). Eles também querem o descredenciamento do Easy Taxi e do 99, que, segundo o sindicato, operam na mesma plataforma que os aplicativos de carro particular.

O que diz a prefeitura

A prefeitura diz que estuda formas de regulamentar os serviços de transporte por táxi e carros particulares que utilizam aplicativos para smartphone. Segundo o prefeito Marcelo Crivella, as conversas com as empresas que prestam o serviço já começaram. "Estamos fazendo audiências públicas, chamando o pessoal dos aplicativos, que é o 99, o Uber, o Easy, e falando também com os taxistas."

A ideia é que esses aplicativos, regularizados os impostos, possam contribuir para melhorar as condições dos táxis no Rio. É muito importante", disse.

Crivella destacou esforço para modernizar o serviço de táxi na cidade com o lançamento de um aplicativo da própria prefeitura, no dia 29 de maio, que está funcionando em fase de teste com 150 motoristas e deve entrar em vigor em agosto. No mesmo dia os tradicionais táxis amarelos foram declarados como Patrimônio Cultural da cidade.

Segundo o prefeito, o aplicativo Taxi.Rio é um esforço para que os taxistas possam competir com o Uber em condições igualitárias. Ele explica que, além de não haver remuneração do poder público pela utilização da tecnologia, como ocorre com os outros aplicativos, o serviço da prefeitura poderá resolver o pagamento de diárias pelos motoristas que não possuem a permissão.

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