Topo

Com filhos pequenos, miss Minas Gerais trocará cadeia por prisão domiciliar

Divulgação
Imagem: Divulgação

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

18/08/2017 19h02Atualizada em 18/08/2017 19h02

Presa há três dias sob acusação de lavagem de dinheiro, fraude em licitação de transporte escolar e organização criminosa, a Miss Minas Gerais 2005 Tatiane Kelen Barbosa Alves Barcelos, 32, vai para o regime domiciliar após decisão desta sexta-feira (18) do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais).

Barcelos não usará tornozeleira eletrônica, mas não poderá deixar o município de Conselheiro Lafaite (MG), a 98 Km de Belo Horizonte, onde mora, e terá que atualizar o endereço todos os meses.

Ela também está proibida de falar ao telefone (fixo e celular) e de utilizar redes sociais, exceto em caso de urgência e de saúde. A miss ainda está proibida de falar com outros réus do processo, exceto o marido dela, Enilson Custódio de Melo Barcelos.

Natural de Conselheiro Lafaiete (98 km de Belo Horizonte), Tatiane trabalha desde os 13 anos como modelo. Ela foi eleita Miss Minas Gerais em 2005. No mesmo ano, ficou em quinto lugar no concurso Miss Brasil. Em 2008, Barcelos ficou em quarto lugar no concurso Miss Terra, realizado nas Filipinas.

Tatiane Kelen Barbosa Alves Barcelos, em 2005, quando venceu o o Miss Minas Gerais - Divulgação - Divulgação
Tatiane, em 2005, quando venceu o o Miss Minas Gerais
Imagem: Divulgação

A miss é acusada de participar dos crimes junto do marido, o empresário Enilson Custódio de Melo Barcelos, preso em julho, em Esmeraldas (MG), também na região metropolitana de Belo Horizonte. O MP informou que, para não atrapalhar as investigações que ainda estão em curso, não informa o papel dela na ação criminosa.

No pedido de regime domiciliar de prisão, o advogado de Barcelos, Eugênio Pacelli, alegou que a miss tem dois filhos, de 1 ano e 3 anos, que dependem dela. O advogado também afirmou nesta sexta que sua detenção é ilegal. 

“A prisão foi absolutamente arbitrária e ilegal. Ela é dona de casa e mãe e foi sócia da empresa do marido somente por um breve período em 2015, sem nunca ter participado de decisões. Vamos provar sua inocência”, afirmou Pacelli.

De acordo com as investigações, o cumprimento do mandado de prisão de Tatiane é um desdobramento da Operação Ptolomeu, realizada no mês passado, quando seu marido foi preso.

Na primeira fase da operação Ptolomeu, no mês passado, a polícia cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão, e de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a prestar esclarecimentos) em Esmeraldas e Brumadinho.

Na ocasião, dois ex-prefeitos de Esmeraldas também foram presos preventivamente, Luís Flávio Leroy (PSD) e Glacialdo de Souza Ferreira (PT), além de outras 12 pessoas, incluindo o marido da miss.