Pezão diz que criminoso que porta fuzil e mata policial deve ser tratado como terrorista
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), lamentou, por meio de nota, a morte do centésimo policial militar do Estado neste ano e afirmou que os criminosos devem tratados como terroristas.
Um criminoso que porta fuzil e mata policial deve ser tratado como terrorista, e o Estado defende o endurecimento da legislação penal. Segurança é prioridade para o nosso governo, que promoveu mudanças recentes na política de pacificação visando, sobretudo, à preservação da vida
Luiz Fernando Pezão
Na manhã deste sábado (26), O centésimo nome da lista foi o do segundo sargento Fabio José Cavalcante e Sá, 39, baleado na frente do pai, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Sá pretendia visitar os pais, que têm uma loja de gesso na cidade. Mal havia desembarcado do carro quando foi abordado por um grupo de homens armados, que chegaram de carro, atirando contra ele.
O segundo sargento foi baleado por mais de dez tiros, entre eles, um de fuzil, na cabeça. De dentro da loja, seu pai assistiu à cena. Sá chegou a ser levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Nilo Peçanha, em Duque de Caxias, mas não resistiu.
O comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Wolney Dias, afirmou, também por meio de nota, que os PMs não "são números”. “Somos cidadãos e heróis", disse.
A Anistia Internacional, o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Instituto Igarapé e o Instituto Sou da Paz divulgaram nota conjunta e pediram a criação urgente de uma política destinada à proteção da vida.
“Para além da tragédia envolvendo a morte violenta de agentes do Estado, são mais de 630 vítimas de balas perdidas que ao lado das 642 vítimas letais decorrentes de “oposição a intervenção policial” (36% superior ao ano anterior) testemunham as sérias consequências em termos de vidas perdidas decorrentes tanto do aumento de confrontos entre facções criminosas, como entre estas e as forças policiais”, diz a nota.
“Gritar por leis mais duras, receita recorrente em momentos de crise na segurança pública, é medida míope com pouco potencial para frear as matanças, ainda mais num estado em que 4 de 5 homicídios sequer são esclarecidos”, afirmam as entidades.
O Disque Denúncia, também por meio de nota, lamentou a morte e oferece uma recompensa de R$ 5.000 para quem tiver informações sobre os suspeitos.
O programa adotou em 2016 um programa de recompensa por informações que levem a identificação e prisão de criminosos envolvidos em morte de policiais. Só este ano, o serviço já recebeu 454 denúncias sobre suspeitos em crimes contra policiais. A participação da população tem sido fundamental na elucidação destes crimes.
Quem tiver informação que ajude a polícia a identificar, localizar e prender envolvidos em morte de policiais, pode usar os seguintes canais: Whatsapp ou Telegram do Portal dos Procurados (21) 98849-6099; atendimento do Disque Denúncia (21) 2253-1177; e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido em todos os canais de denúncias.
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