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Homem entra em ação e salva cachorro "perdido" após redemoinho se formar; veja

Homem entra em ação e salva cachorro "perdido" após redemoinho se formar em SP - Reprodução - Reprodução
Homem entra em ação e salva cachorro "perdido" após redemoinho se formar em SP
Imagem: Reprodução

Lucas Borges Teixeira

Colaboração para o UOL

20/09/2017 16h13

Um frentista do município de Cerqueira César, no interior de São Paulo, entrou no meio de um redemoinho para salvar um cachorro. O episódio foi gravado em vídeo por um colega na última segunda-feira (18).

Era mais um dia quente de trabalho no posto de combustíveis à beira da Rodovia Salim Antônio Curiati (SP-245), em Cerqueira Cesar. No meio da tarde, um redemoinho se formou em frente ao posto e assustou os funcionários. Só que o cão parecia "perdido" em meio à cena e não se afastou do fenômeno.

"Nós já estávamos acompanhando ele tinha alguns minutos, mas, quando eu vi, estava indo para cima do Amarelão", conta o frentista Antônio Ferreira, 38, em entrevista ao UOL. Ele se refere ao cachorro "xodó" do posto em que trabalha.

"Ele estava meio perdido, sem saber pra onde ir", conta Ferreira. "Não deu tempo de pensar, só queria salvar ele."

O frentista diz ter corrido para o meio do fenômeno para salvar o companheiro. "Teve perigo por causa das pedras e madeiras que estavam voando, mas não me feri, não", afirma Ferreira, que se diz satisfeito com a atitude. "A gente se apega, né? Ele já é parte do posto."

O colega de trabalho, Murilo Mantovani, gravou a ação e os efeitos do redemoinho em vídeo. Em entrevista ao UOL, ele diz nunca ter visto um fenômeno do tipo. "Foi tanta ventania que até arrancou o telhado."

O fenômeno

De acordo com Rita Cerqueira, metereologista do Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Unesp (IPMet) de Bauru, redemoinhos acontecem em especial entre o fim do inverno e o começo da primavera.

"Dá-se por causa do forte aquecimento com baixa umidade", explica Rita. "Como o ar quente é mais leve, ele sobe em espiral, o que provoca o vento."

Segundo a especialista, este fenômeno é mais constante no Centro Oeste e no interior do Nordeste. Geralmente, ainda de acordo com Rita, os ventos não passam de 100 km/h.