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Polícia suspeita que sumiço de jovem no RS tenha relação com dois assassinatos

Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook

Demétrio Vecchioli

Colaboração para o UOL

28/09/2017 14h44

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul suspeita que o desaparecimento da jovem Nicolle Brito Castilho da Silva, de 20 anos, esteja relacionado com a morte de outras duas pessoas e que o mandante do seu suposto assassinato seja um traficante que está preso.

Nicolle, que morava em Caichoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, não é vista desde que saiu de casa no dia 2 de junho. O pai dela só prestou queixa do seu desaparecimento 11 dias depois e, desde então, a Polícia Civil vem trabalhando no caso. O mais provável, para o delegado Leonel Baldasso, é que ela esteja morta.

A partir da quebra de sigilos telefônicos, a polícia chegou até um presidiário, que não teve seu nome revelado. Membro de uma facção criminosa gaúcha, ele teria imputado a Nicolle a responsabilidade por uma intriga que teria causado a morte de uma das poucas amigas que fez nos quatro meses em que morou no Rio Grande do Sul.

Essa amiga, Paola dos Santos, de 21 anos, foi morta junto com Ricardo Correa Sobrinho, de 26 anos, em Gravataí, dois dias antes do sumiço de Nicolle. A suspeita é de que Nicolle e Paola armaram para o assassinato de Ricardo, mas a amiga também teria sido morta porque os bandidos, de uma facção rival, não confiavam nela.

Em um áudio obtido pela polícia, o presidiário investigado como suposto mandante da possível morte de Nicolle diz à sua namorada: "Eu sumi com aquela puta bem ligeirinho, e tu vai ver como vou sumir contigo." Apreendido, o celular do presidiário está sendo alvo de perícia, assim como o da namorada dele.

A polícia, porém, não descarta a hipótese, remota, de Nicolle estar viva. Ainda em junho, depois de ela desaparecer, a conta dela no Facebook foi acessada duas vezes, ambas em São Paulo. Há a possibilidade de o acesso ter sido feito por outra pessoa, a partir do celular dela, assim como de Nicolle estar viva, escondendo-se do risco de ser morta.

No Facebook, Nicolle usava um nome falso - Nicolle Mariee - e chegou a postar uma foto com Paola após a morte da amiga. Na rede social, a página dela já é tratada como a de uma pessoa morta, ainda que a polícia aponte "1%" de chances de a jovem estar viva. A polícia desconhece de quem é o Peugeot 308 prata no qual ela foi vista pela última vez, saindo de casa.