Mais 2 vítimas de ataque em creche de MG recebem alta; 24 ainda estão internadas
Duas crianças vítimas do ataque incendiário em uma creche de Janaúba (547 km de Belo Horizonte) tiveram alta neste domingo (8), de acordo com o Corpo de Bombeiros em Minas.
Por volta das 14h30 deste domingo, um menino de 4 anos, que tinha inalado gases da combustão, recebeu alta do Santa Casa de Montes Claros.
Mais cedo, uma menina de 6 anos, que estava internada no Hospital Universitário de Montes Claros, também por ter inalado gases, já tinha recebido alta.
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Com isso, 24 pessoas ainda seguem internadas, 20 crianças e quatro adultos, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Dez estão internados em Montes Claros, e os demais em dois hospitais de Belo Horizonte.
No total, 23 vítimas do ataque receberam alta até agora.
Dez pessoas morreram na tragédia, incluindo dois adultos: o vigia Damião Soares dos Santos, autor do ataque, e uma professora, Heley de Abreu Silva Batista, que defendeu e salvou crianças na tragédia.
A última vítima foi Talita Vitória Bispo, de quatro anos, que morreu na manhã de sábado (7) no hospital João XXIII, em Belo Horizonte.
Prefeitura vai demolir creche
A Prefeitura de Janaúba informou neste final de semana que vai demolir o imóvel onde funciona a creche alvo atacada.
A creche tinha capacidade para 82 crianças. O prédio foi interditado e, segundo a administração municipal, apenas nesta segunda (9) será definido o local onde funcionará a “creche provisória” até que um novo prédio seja construído.
De acordo com o prefeito Carlos Isaildon Mendes (PSDB), um memorial será construído no local da tragédia. Ele afirmou que ainda não há um custo estimado para as obras, mas que a nova creche deve ficar pronta em 80 dias e não terá investimento público – a prefeitura já recebeu mais de R$ 400 mil de doações em dinheiro, segundo a administração.
"Vamos dar a este lugar um novo ambiente, em que as crianças e professoras possam ser recebidas de forma acolhedora”, disse o prefeito.
O Ministério Público Estadual em Minas Gerais abriu quatro procedimentos para investigar o caso. Os promotores querem saber:
- se o vigia estava apto a trabalhar na creche
- se o prédio tinha estrutura e um plano de combate a incêndio
- se o dinheiro de doações vai ser aplicado corretamente
- se as vítimas estão recebendo assistência adequada
A Polícia Civil também investiga o caso e deve concluir o inquérito em até 30 dias.
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