Topo

Duas pessoas morrem e 28 ficam feridas após grupo abrir fogo em baile funk em Gravataí (RS)

Colaboração de Luciano Nagel, de Porto Alegre

22/10/2017 06h35Atualizada em 22/10/2017 18h54

Duas pessoas morreram e ao menos 28 ficaram feridas na madrugada deste domingo (22) após um grupo atirar contra frequentadores de um baile funk em Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre. A informação foi confirmada pela Brigada Militar do município, que atendeu a ocorrência. Ninguém havia sido preso pelo crime até as 10h.

Segundo a polícia, por volta das 2h30, ao menos quatro homens armados com pistolas e fuzis invadiram a festa, na rua Eurico Lara, no bairro Morada do Vale II, mandaram os frequentadores se deitarem no chão e abriram fogo.

Os autores dos disparos teriam chegado ao local em uma camionete Captiva preta e um Ford Ka branco. Os veículos já foram encontrados pela polícia.

A polícia suspeita que o motivo do crime seja uma briga entre quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas na região.

Os mortos foram identificados como sendo Taís Pires da Silveira, 24, e Gabriel Mallet de Ataíde, 21. Segundo a polícia, nenhum dos dois tinha antecedentes criminais.

Os feridos foram levados para quatro hospitais diferentes. Onze pessoas foram para o Hospital Dom João Becker, em Gravataí. Outras nove vítimas foram levadas ao Hospital Padre Jeremias, na vizinha Cachoeirinha. Oito vítimas foram para hospitais de Porto Alegre: Hospital Cristo Redentor (6 pessoas) e Hospital de Pronto Socorro (2 pessoas).

Até as 17h, sete vítimas estavam internadas no Hospital D.João Becker em estado estável --outras cinco já receberam alta. No Hospital Cristo Redentor, uma vítima que levou um tiro de raspão na cabeça e no braço tem o estado de saúde estável.

Até as 18h30, as demais unidades de saúde não haviam informado o estado das vítimas.

Vítima era alegre, diz amigo

O empresário Fernando Nascky, 24, era amigo de infância de Gabriel Mallet de Ataíde, uma das vítimas mortas.

"Éramos muito amigos, nos conhecíamos desde os 7 anos de idade. Éramos vizinhos de rua e jogávamos futebol e video-game juntos. O Gabriel era um cara muito trabalhador e alegre. Onde ele chegava, esbanjava alegria. Sempre sorridente. Estou ainda chocado com que aconteceu", disse Nascky.