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Após aniversário no hospital, jovem baleada em escola de Goiânia recebe alta

Vígilia é realizada na porta do colégio Goyases no dia do crime - Dida Sampaio - 20.out.2017/Estadão Conteúdo
Vígilia é realizada na porta do colégio Goyases no dia do crime Imagem: Dida Sampaio - 20.out.2017/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

03/11/2017 18h43Atualizada em 03/11/2017 19h32

Uma das jovens baleadas por um colega de 14 anos em uma escola de Goiânia recebeu alta nesta sexta-feira (3), informou o Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia) em nota à imprensa.

A estudante M.R.M. estava internada desde o dia 20 de outubro, data em que outro estudante abriu fogo em uma sala de aula do colégio Goyases, matando dois adolescentes e ferindo outros quatro. M.R.M. passou seu aniversário de 14 anos, no dia 24, no hospital.

Outros dois baleados, adolescentes de 13 e 14 anos, já haviam recebido alta. Com isso, só um dos feridos pelo atirador continua internado: a jovem I.M.S., de 14 anos, que foi atingida por três balas e ficou paraplégica

Segundo boletim médico divulgado nesta quinta-feira (2), I.M.S. ainda estava sendo mantida na UTI, "em estado regular, orientada, consciente, respirando de forma espontânea e com auxílio de oxigênio", sem previsão de alta.

Detido ainda na escola, instante após atirar contra os colegas, o adolescente que cometeu o crime está em um centro de recuperação para menores infratores desde o dia 23. A Justiça deve decidir sobre sua internação definitiva em cerca de um mês. 

Em depoimento à polícia, o jovem se disse arrependido do que fez. O adolescente também contou ter se inspirado nos massacres de Columbine, nos EUA, e de Realengo, no Rio. Ele é filho de policiais militares e usou uma arma da corporação no ataque aos colegas de escola. 

O major Divino Malaquias, pai do atirador, confirmou que o filho usou uma arma calibre .40, de sua mulher, e teria aprendido a atirar pela internet. Malaquias disse não saber se o adolescente sofria bullying, mas informou que o jovem passou por tratamento psicológico, sem detalhar por quanto tempo ou o motivo. A Corregedoria da PM goiana investiga como o adolescente teve acesso à arma.

As aulas no colégio Goyases foram retomadas esta semana. A sala onde ocorreu o ataque foi transformada em um espaço de artes, e um grupo de 20 psicólogos acompanha a retomada das atividades.