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Paraplégica, última vítima de atirador em escola de Goiânia tem alta hospitalar

O ataque no colégio Goyazes, em 20 de outubro, deixou quatro feridos e dois mortos; todos, adolescentes - André Costa/Estadão Conteúdo
O ataque no colégio Goyazes, em 20 de outubro, deixou quatro feridos e dois mortos; todos, adolescentes Imagem: André Costa/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

09/11/2017 11h49

Recebeu alta hospitalar na manhã desta quinta-feira (10), em Goiânia, a última vítima que ainda estava internada por conta do ataque a tiros realizado por um estudante no colégio Goyazes, no último dia 20.

A informação foi confirmada pelo Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), segundo o qual a adolescente I.M.S., 14, teve alta médica hoje de manhã, do hospital, para ser encaminhada ao Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer).

Mês passado, o hospital confirmou que I.M.S. ficou paraplégica. Ela chegou a passar por um novo procedimento cirúrgico para a limpeza da membrana que reveste o pulmão, no último dia 26, e não corria risco de morte. Um dos três tiros que a adolescente recebeu atingiu sua coluna.

No ataque, promovido por um adolescente de 13 anos, filho de policiais militares, dois adolescentes morreram e outros quatro ficaram feridos. João Pedro Calembo e João Vitor Gomes morreram na hora. A arma usada pelo atirador pertencia à mãe dele, que agora responde inquérito militar por conta do episódio.

O atirador, detido primeiro no Depai (Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais), foi transferido para um centro de internação no último dia 23.

O jovem confessou o crime e afirmou que o cometeu por ter sofrido bullying pelos colegas. Ele disse à polícia que se inspirou nos massacres de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro.

Segundo o promotor Cássio Sousa Lima, o adolescente disse no depoimento estar arrependido e que planejou a ação como uma forma de retaliação. Ainda de acordo com o promotor, o pai, policial, relatou que a arma estava em local seguro e difícil de acessar. A mãe não esteve no depoimento porque foi internada, em choque, após o acontecimento.