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Petrópolis aprova lei do Dia do Servidor "Bonito Esteticamente" e promove concurso

Márcio Arruda (PR) defende projeto como forma de "ajudar instituições de caridade" - Divulgação
Márcio Arruda (PR) defende projeto como forma de "ajudar instituições de caridade" Imagem: Divulgação

Wanderley Preite Sobrinho

Colaboração para o UOL

24/11/2017 10h16

A Prefeitura de Petrópolis, região Serrana do Rio de Janeiro, aprovou na última terça-feira (21) um polêmico projeto de lei: o Dia do Servidor(a) Público Municipal "Bonito Esteticamente". Ao UOL, o autor do texto, vereador Márcio Arruda (PR), defendeu sua ideia ao dizer que sua intenção sempre foi “ajudar instituições de caridade”.

A Lei nº 7.587 autoriza a realização anual - sempre em dezembro - de um concurso para escolher o servidor público mais bonito da cidade. O primeiro evento está marcado já para o próximo dia 8 no Teatro Dom Pedro.

De acordo com a lei publicada no Diário Oficial, “os participantes desfilarão graciosamente e cada participante colaborará com a venda de 10 (dez) ingressos”. Cada entrada para o evento custará R$ 20.

“Serão dez homens e dez mulheres. Vai entrar todo mundo junto, eles vão ser julgados e ir embora. Nada individual, para ninguém ficar aparecendo”, explicou o vereador. “A única finalidade é arrecadar fundos para instituições de caridade: uma para idoso, outra para deficiente e outra para criança.”

A verba não sairia dos cofres da prefeitura, mas por meio dos candidatos, que irão arrecadar o dinheiro com a venda das entradas. “Os servidores vão desfilar de graça e ainda oferecer dinheiro para ajudar.”

Questionado sobre a polêmica do título do concurso, o vereador respondeu com perguntas: “O que você queria? O concurso do mais simpático, do mais feio? Não ia ter a repercussão que está tendo. O importante é participar e ajudar.”

Procurada pela reportagem, a prefeitura lembrou que o projeto passou por todos os trâmites na Câmara. Os vereadores aprovaram a ideia de Arruda em cada comissão e em duas votações. “Após a aprovação no Legislativo, o projeto foi remetido à prefeitura. Uma vez que e não existe nenhum impedimento legal, a Lei foi sancionada”, informou em nota.

Para o vereador, sua intenção “é a melhor do mundo”: “É melhor ser mal interpretado do que ir pra cadeia que nem o Sérgio Cabral, né?”