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Governo do Rio pede transferência de Rogério 157 para presídio federal

O traficante Rogério Avelino dos Santos, o Rogério 157 (à dir.)  - JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O traficante Rogério Avelino dos Santos, o Rogério 157 (à dir.) Imagem: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

11/12/2017 20h16

A Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro solicitou nesta segunda-feira (11) a transferência do traficante Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, para um presídio federal. O pedido foi encaminhado para a 20ª Vara Criminal do Estado.

De acordo com secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá, a medida tem como objetivo dificultar a comunicação do criminoso com outros membros de sua facção.

Atualmente, o Rio tem 76 presos em unidades federais. Entre eles, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que disputa com Rogério 157 o controle do crime organizado na favela da Rocinha, na zona sul do Rio.

Apontado como o atual chefe do tráfico de drogas na favela, 157 foi preso na semana passada em uma operação integrada entre as forças de segurança estaduais e federais, na zona norte do Rio. 

A prisão gerou polêmica depois que policiais civis tiraram selfies em que aparecem sorrindo ao lado do traficante e postaram as imagens em redes sociais.

Ele estava escondido na favela do Arará, que possui uma base da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) e fica nos fundos da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde estão presos os réus da Operação Lava Jato no RJ --incluindo o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

157 selfie - Reprodução - Reprodução
Policiais fardados e armados aparecem sorrindo ao lado de Rogério 157
Imagem: Reprodução
O suspeito era um dos mais procurados pelas polícias do Rio desde que protagonizou uma sangrenta disputa entre bandos rivais na Rocinha, em 17 de setembro --na ocasião, Nem ordenou que criminosos leais tentassem invadir a comunidade para derrubá-lo e, consequentemente, retomar o controle das bocas de fumo.

A briga resultou em uma semana de tiroteios ininterruptos e levou o Estado a realizar uma grande ação militar na região, com tanques de guerra e outros recursos, em 22 de setembro.

O racha com Nem, um dos principais líderes da ADA (Amigos dos Amigos), acabou isolando Rogério 157 na estrutura da facção criminosa. Com isso, após fugir da Rocinha durante as operações da PM para reprimir o tráfico no local, ele acabou migrando para o principal grupo rival, o CV (Comando Vermelho).

Contra Rogério 157 há mais de dez mandados de prisão em aberto, por crimes como homicídio, assalto a mão armada e tráfico de drogas.