Com Exército na rua, RN tem Réveillon com menos crimes
Apesar da crise da segurança que o Rio Grande do Norte vem enfrentando há cerca de duas semanas sem a polícia nas ruas, a Sesed (Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social) considerou "tranquilas" as festas de Réveillon no Estado. A segurança foi reforçada pelos militares que chegaram ao Estado na última sexta-feira (29). O Ministério da Defesa informou nesta segunda-feira (1º) que ocorrências criminais como homicídios dolosos, latrocínios e lesões seguidas de morte caíram pela metade após a chegada das Forças Armadas.
Nas ruas, foi registrada ao menos uma morte na noite de ontem. O número contrasta com as 87 mortes violentas verificadas entre os dias 19 e 30 de dezembro --um aumento de 40% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Observatório da Violência Letal Intencional (Obvio/RN).
Segundo a DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), a vítima de 43 anos foi assassinada a tiros no bairro do Alecrim (região central de Natal). A motivação do crime é desconhecida e ninguém foi preso.
Um militar do Exército, que integrava a operação das Forças Armadas no Estado, também foi encontrado morto dentro de um alojamento em Mossoró, na região oeste do Rio Grande do Norte. O corpo foi achado na manhã de hoje no ginásio Pedro Ciarlini. O nome e a idade do militar não foram informados, e a causa da morte será investigada.
Em entrevista nesta segunda, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que não houve crime na morte no militar. "O que podemos afirmar é que não houve assassinato. As causas da morte vão ser investigadas e divulgadas posteriormente", disse o ministro.
Uma equipe da Polícia Civil de Mossoró foi até o local que o militar morreu, mas foi impedida de entrar pelo Exército, que informou que a perícia será feita pela Polícia Federal e um perito militar.
A festa da virada realizada na praia de Ponta Negra, na região sul da capital Natal, teve movimento intenso, mas sem ocorrências de violência.
De domingo (31) a segunda, 12 veículos foram roubados em Natal, de acordo registros da delegacia de plantão da zona sul de Natal. Agentes dessa delegacia informaram que duas pessoas foram presas --uma por embriaguez ao volante e outra por tráfico de drogas.
As forças de segurança que comandam a Operação Potiguar III, no Estado, divulgaram um balanço comparativo entre os períodos anterior e posterior à chegada das Forças Armadas. Nos três dias anteriores ao patrulhamento do Exército, foram registrados 27 crimes violentos letais intencionais no Rio Grande do Norte.
Desde o dia 30 até esta segunda (1°), já com o Exército nas ruas, foram registrados 14 crimes do tipo no Estado.
Também foram verificadas quedas em relação a crimes de menor potencial ofensivo como arrombamentos (50%) e roubos (23,7%), ainda que furtos tenham crescido 28,6%.
No saldo final dessas ocorrências, segundo o balanço da operação, houve queda de quase 23% em crimes não letais.
Militar encontrado morto
Um militar do Exército, que integrava a operação das Forças Armadas no Estado, foi encontrado morto dentro de um alojamento em Mossoró, na região oeste do Rio Grande do Norte. O corpo foi achado na manhã desta segunda no ginásio Pedro Ciarlini. O nome e a idade do militar não foram informados, e a causa da morte será investigada.
Em entrevista, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que não houve crime na morte no militar. "O que podemos afirmar é que não houve assassinato. As causas da morte vão ser investigadas e divulgadas posteriormente", disse o ministro.
A perícia será feita pela Polícia Federal e um perito militar.
Crise na segurança
O Rio Grande do Norte vem enfrentando uma crise de segurança pública depois de policiais militares, civis e bombeiros iniciarem operação padrão, em que só são atendidos chamados de flagrantes e com a equipe completa. Os policiais estão com os salários e o 13º salário atrasados. Desde que assumiu o governo, Robinson Faria (PSD) não consegue pagar a folha de servidores em dia.
O governo fez um cronograma de pagamentos que vai até o dia 10 de janeiro. Os servidores não aceitaram, militares estão aquartelados e policiais civis trabalham em regime de plantão.
Faria informou que os pagamentos ocorreriam até o dia 10 de janeiro e seriam efetuados com o repasse de R$ 600 milhões do governo federal, mas o Ministério Público de Contas avaliou que a operação era ilegal e o Ministério da Fazenda negou a liberação do recurso.
Até a última sexta, o Estado pagou o salário de novembro dos servidores que recebem até R$ 4.000. O pagamento contemplou cerca de 80% de servidores da segurança pública, mas os líderes do movimento afirmaram que só voltarão à normalidade das atividades quando todos os servidores receberem seus salários.
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