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Governo do RJ quer mapear região onde delegado foi assassinado para reforçar segurança

O delegado Fábio Monteiro, assassinado na região do Jacarezinho, zona norte do Rio - Reprodução/Facebook
O delegado Fábio Monteiro, assassinado na região do Jacarezinho, zona norte do Rio Imagem: Reprodução/Facebook

Marina Lang

Colaboração para o UOL, no Rio

15/01/2018 19h25

A cúpula da segurança do Rio de Janeiro se reuniu nesta segunda-feira (15) após um fim de semana de violência que deixou ao menos cinco mortos e duas pessoas baleadas na cabeça. No domingo (14), disparos de um helicóptero da Polícia Civil atingiram área de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na favela do Jacarezinho, na zona norte carioca, onde o delegado Fábio Monteiro teria sido morto na sexta (12).

Entretanto, após o encontro, que ocorreu a portas fechadas no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) --região central do Rio-- e sem a presença do secretário da Segurança, Roberto Sá, as autoridades não se pronunciaram sobre os crimes tampouco sobre a ação do helicóptero policial, que causou constrangimento entre as polícias Civil e Militar.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Segurança informou que o objetivo da reunião, conduzida pelo subsecretário de Comando e Controle do Estado, Rodrigo Alves, foi discutir reforço na segurança e mapeamento de 25 bairros da 3ª Aisp (Área Integrada de Segurança Pública), que compreende o Jacarezinho e a Cidade da Polícia, complexo que reúne várias delegacias especializadas da Polícia Civil fluminense.

O delegado Monteiro foi assassinado próximo da Cidade da Polícia. O policial saiu para almoçar e seu corpo foi encontrado no porta-malas de um carro ao lado do viaduto de Benfica, também na zona norte. A Cidade da Polícia reúne 13 delegacias especializadas, além da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), e fica entre duas grandes favelas que estão há anos dominadas por quadrilhas armadas.

Após a reunião, nenhuma iniciativa concreta foi divulgada. Em nota, a Secretaria do Estado da Segurança se limitou a dizer que ações de inteligência serão intensificadas na região, sem esclarecer, contudo, quais medidas serão tomadas.

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Chefias de todas as polícias --Militar, Civil e Federal-- e das centrais de inteligência e investigação estavam presentes na reunião de hoje.

A região é a mesma em que o 3º BPM (Batalhão da Polícia Militar) está localizado. O batalhão foi comandado pelo coronel Luiz Gustavo Teixeira, morto a tiros em outubro.

Somente no ano passado, 134 policiais foram assassinados no Estado. Em apenas 15 dias de 2018, seis agentes de polícia foram assassinados.