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Após chacina, Ceará cria centro integrado e vara especializada para combater o crime organizado

Membro do PCC afirma que a facção está "em guerra" no Ceará

UOL Notícias

Do UOL, em São Paulo*

28/01/2018 17h25

Um dia depois da chacina que vitimou 14 pessoas na periferia de Fortaleza, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), afirmou na tarde deste domingo (28) que decidiu criar um centro integrado para combater o crime organizado no Estado. O grupo terá representantes da SSPDS (Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social), da Secretaria Estadual de Justiça, do Poder Judiciário, do MP (Ministério Público Estadual), da Defensoria Pública e da PF (Polícia Federal).

"Nós vamos criar fisicamente um centro integrado, onde todas as instituições estarão representadas, para que a gente possa ter mais agilidade nas decisões e ações com foco no combate ao crime organizado", afirmou Santana, em coletiva imprensa, após se reunir com representantes dos órgãos acima citados.

"Todas os setores de inteligência desses órgãos estarão integrados em um único ambiente físico para facilitar a troca de informações e na questão da tomada de decisões e elaboração de estratégias, daqui para frente".

Santana afirmou também que a Superintendência da PF no Ceará criará um grupo especializado na investigação sobre facções criminosas. Por sua vez, o TJ-CE (Tribunal de Justiça do Ceará) vai criar uma vara especializada para julgar processos referentes às ações do crime organizado no Estado.

Cinco suspeitos identificados

O governador anunciou também que a Polícia Militar identificou cinco suspeitos de participar da chacina ocorrida na madrugada de ontem (27) no bairro Cajazeiras, em Fortaleza. 

De acordo com o governador, dos cinco suspeitos que foram identificados, três são considerados mandantes e dois atuaram nas execuções, que ocorreram em uma casa de eventos, conhecida por Forró do Gago, na rua Madre Tereza de Calcutá. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados para preservar as investigações.

"Nas próximas horas, nós vamos dar uma resposta firme em relação a quem cometeu [a chacina]. É inaceitável o fato corrido, e as pessoas serão punidas com o rigor da lei", disse o governador.

De acordo com boletim médico divulgado pelo Instituto Dr. José Frota, quatro pessoas que sobreviveram ao tiroteio passaram por cirurgias e continuam internadas. Cinco já receberam alta.

* Com informações da Agência Brasil