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Governo está preparado para ajudar "onde for necessário, com a força possível", diz ministro

Almirante Alexandre Mora (à esq.) e ministro da Justiça Torquato Jardim (à dir) - UOL
Almirante Alexandre Mora (à esq.) e ministro da Justiça Torquato Jardim (à dir) Imagem: UOL

Gustavo Maia

Do UOL, em Brasília

18/02/2018 23h11

Após enviar uma força-tarefa para ajudar a resolver a crise de segurança no Ceará, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que o governo federal está preparado para ajudar mais Estados. Ele afirmou que a ajuda acontecerá "onde for necessário, com a força possível".

"O que vier, o governo federal assistirá, responderá na extensão de sua capacidade operacional e dos seus limites de orçamento. É esse o compromisso que o governo tem", declarou neste domingo (18). "O crime é nacional, nenhum Estado pode combatê-lo sozinho. É preciso que as 27 unidades trabalhem juntas", disse.

Na noite deste domingo, ele acompanhou o embarque de 26 homens da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal na Base Aérea de Brasília com destino a Fortaleza. Eles auxiliarão o governo local a investigar a morte de dois membros da cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital) e a lidar com uma onda de violência gerada por conflitos da facção criminosa com membros dos grupos Comando Vermelho e da Família do Norte.

"O Ceará vive um momento difícil de segurança, e uma vez mais o governo federal compartilha da responsabilidade de trazer a paz de volta ao Ceará", afirmou o ministro.

"Lamentavelmente, para o crime organizado o Ceará é um centro geográfico: quem conquistar o Ceará, conquista o Nordeste. É portanto uma guerra de segurança pública. Por isso estamos mandando uma força tática auxiliar, de inteligência e informação", explicou.

O envio ocorre dois dias após o governo Michel Temer decretar intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro

Ex-governador do Ceará e atual presidente do Senado, o senador Eunício Oliveira (MDB-CE) foi à Base Aérea agradecer à força-tarefa e afirmou que a iniciativa federal atendeu a uma solicitação do Governo do Ceará, chefiado pelo petista Camilo Santana.

"Não há nenhuma intervenção no Estado do Ceará, é um apoio", destacou o senador.