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General troca comando das polícias do Rio, e ex-comandante do Bope assume a PM

O chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa - Fabiano Rocha/Agência O Globo
O chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa Imagem: Fabiano Rocha/Agência O Globo

Do UOL, no Rio*

06/03/2018 16h24

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, anunciou na tarde desta terça-feira (6) a troca de comando das polícias Militar e Civil. O coronel Luis Claudio Laviano é o novo comandante da Polícia Militar. Já a Polícia Civil passará a ser chefiada pelo delegado Rivaldo Barbosa.

Laviano já comandou o Bope (Batalhão de Operações Especiais), a CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora), responsável pelas 38 UPPs do Estado, e a Guarda Municipal do Rio, além de ter sido subsecretário municipal de Ordem Pública. No Bope, o coronel de 49 anos era conhecido por ser um policial que privilegiava a estratégia e ser um especialista em negociações de conflito.

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Ele frequentou o Curso de Formação de Oficiais de 1988 a 1991. Em 1998 integrou o Curso de Operações Especiais do Bope e, no ano seguinte, fez o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais. O novo comandante da PM, que substituirá o coronel Wolney Dias Ferreira, possui ainda os cursos de Operações Especiais, de Ações Táticas, Modo de Treinamento de Defesa Pessoal, Controle de Conflitos e Situações de Crise, Avançado de Negociações, Proteção e Segurança de Autoridades e Superior de Polícia Integrado.

Luis Claudio Laviano, novo comandante da PM do Rio - Divulgação/UPP - Divulgação/UPP
Coronel Luis Claudio Laviano, novo comandante da PM do Rio
Imagem: Divulgação/UPP

Até então titular da Delegacia de Homicídios, Rivaldo, que ingressou em 2002 na Polícia Civil, já chefiou a Cinpol (Coordenadoria de Informação e Inteligência Policiais) e a Polinter (Divisão de Capturas e Polícia Interestadual) e foi titular da Subsecretaria de Inteligência.

O novo chefe da Civil, que substitui Carlos Augusto Leba, esteve à frente das investigações sobre o desaparecimento do auxiliar de pedreiro Amarildo de Souza, em 2013 na Rocinha, zona sul carioca. Rivaldo também participou de negociação para a rendição do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, da Rocinha --ele foi preso em 2011 no porta-malas de um carro ao tentar fugir da comunidade.

Em nota, a Secretaria de Segurança informou que Laviano e Rivaldo terão como prioridades a valorização profissional e o fornecimento de um diagnóstico sobre as condições necessárias para o trabalho dos agentes, além de trabalhar na integração entre as polícias e as forças de segurança e no fortalecimento do Sistema Integrado de Metas.

A mudança nos comandos das polícias, que acontece 18 dias após o presidente Michel Temer (MDB) decretar a intervenção na segurança fluminense, é uma das primeiras ações do secretário Richard Nunes. Entre as principais metas do interventor do Rio, general Braga Netto, estão a recomposição dos efetivos das polícias, assim como de sua infraestrutura, e o combate à corrupção.

Ao mexer na estrutura das polícias, o interventor mira a retirada de policiais e administradores corruptos ou ineficientes, sem perder o apoio das polícias.

A integração das polícias Militar e Civil, que enfrenta muitas falhas, e a melhoria do trabalho de inteligência também estão no foco do Gabinete de Intervenção Federal.

*Com informações do Estadão Conteúdo