Após mortes, PM diz que UPP é atacada, e Complexo do Alemão tem tiroteio
Depois da tensão provocada pelas quatro mortes em tiroteio na noite da última sexta-feira (16), o Complexo do Alemão, zona norte do Rio, amanheceu novamente sob fogo cruzado neste domingo (18). De acordo com a Polícia Militar, os policiais revidaram a ação de um grupo que atacou uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
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"Eram 9h da manhã quando atacaram a nossa base na Fazendinha, na localidade das Palmeiras”, informou ao UOL a assessoria da PM. “Os policiais atuam agora para estabilizar a região.”
Segundo os oficiais, o tiroteio reinicia "de tempos em tempos". “O primeiro ataque foi às 9h, o reforço policial chegou e os suspeitos se esconderam. Agora os agentes fazem uma varredura pelos becos da favela.”
Apesar do susto e do perigo iminente, “não há mortos nem feridos” até o momento. Nas redes sociais, moradores usaram páginas de organizações comunitárias para denunciar o tiroteio.
Os mortos da sexta
Na sexta, quatro pessoas acabaram mortas em um tiroteio entre policiais e suspeitos no Alemão. Uma das vítimas foi o menino Benjamin, de um ano, morto com um tiro na cabeça.
"Um Jeep branco estava com quatro marginais de fuzis, quatro fuzis. Ao avistarem a viatura, efetuaram disparos contra a guarnição", contou ao UOL o major Ivan Blaz, porta-voz oficial da PM.
Segundo a versão da polícia, iniciou-se, então, o tiroteio. "Na ação, três suspeitos foram feridos. Dois fugiram para o interior da comunidade Nova Brasília e um foi socorrido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Foram apreendidos um fuzil calibre 5.56, um revólver calibre 38, quatro carregadores de fuzil, munições e pequena quantidade de entorpecentes ainda a ser contabilizada, além do veículo roubado que os criminosos estavam", disse a PM em nota sobre o caso de anteontem.
Em entrevista à "GloboNews", a mãe do menino, Paloma Novaes, desabafou. "A gente parou para pegar um algodão doce e ele tomou um tiro na cabeça", afirmou, emocionada. O pai da criança, Fábio Antônio, disse que o filho "foi estupidamente" morto por um sistema de segurança que não protege a população.
O terceiro morador baleado se chamava José Roberto Ribeiro da Silva. Ele foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
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