Justiça libera, e Guarda Municipal do Rio usará pistolas de choque e spray de pimenta
A Guarda Municipal do Rio de Janeiro se prepara para equipar um efetivo inicial de 300 agentes com pistolas de choque (conhecida como tasers) e com spray de pimenta. O uso desses recursos não letais, anseio antigo do comando da corporação, foi permitido após decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública, na última terça-feira (24).
Na ocasião, a Justiça derrubou uma liminar de setembro de 2013, resultante de uma ação civil do Ministério Público do Estado, que impedia o emprego do armamento. A juíza Juliana Leal de Melo destacou que a utilização de pistolas de choque e de spray de pimenta foi autorizado por meio de uma emenda à Lei Orgânica Municipal, aprovada pela Câmara de Vereadores no ano passado.
A Seop (Secretaria de Ordem Pública), responsável pela Guarda, informou ao UOL nesta segunda-feira (30) aguardar apenas a publicação da sentença no Diário Oficial da Justiça para que a medida seja efetivada. Não há prazo determinado.
A autorização também será oficializada por meio de um ato normativo da pasta e constará no boletim interno da corporação, estabelecendo as regras e diretrizes para uso de armamento não letal.
"A GM já atua com equipamentos de menor potencial ofensivo nos grupamentos de operações especiais e táticos móveis, que estão treinados para o uso e que já estarão portando o armamento no dia seguinte à publicação do boletim interno", afirmou o secretário de Ordem Pública, coronel Paulo Amêndola.
O secretário explicou ainda que a Guarda já faz uso de alguns recursos não letais, como lançadores que efetuam disparos de munições de impacto controlado (bala de borracha) e de emissão de gás lacrimogêneo, além de granadas de efeito moral e outros equipamentos.
A corporação informou que os agentes já contam com treinamento específico para uso de armas não letais. Seriam, de acordo com a versão oficial, 3.474 profissionais capacitados em cursos de IMPOs (Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo), além de 186 instrutores que compõem o quadro operacional da GM.
Entre 2009 e 2013, a Guarda utilizou as pistolas de choque --o emprego foi vedado pela liminar obtida pelo Ministério Público. Segundo a corporação, nesse período, foram efetuados somente três disparos em situações de controle de distúrbio civil, "sem registro de grande dano".
Atualmente, a GM atua em apoio às forças federais e às polícias Civil e Militar no patrulhamento urbano definido pelo comando de intervenção federal no Estado. Os agentes fazem parte do efetivo designado pelas autoridades para garantir a segurança na região do centro da capital fluminense.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.