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Traficantes controlam estações de BRT na zona oeste do Rio, diz secretário

14.mai.2014 - Passageiros em estação do BRT em Campo Grande, na zona oeste do Rio - Gabriel de Paiva/ Agência O Globo
14.mai.2014 - Passageiros em estação do BRT em Campo Grande, na zona oeste do Rio Imagem: Gabriel de Paiva/ Agência O Globo

Do UOL, no Rio

29/05/2018 16h47

O secretário municipal da Casa Civil do Rio de Janeiro, Paulo Messina, afirmou nesta terça-feira (29) que traficantes de drogas invadiram e passaram a controlar estações do BRT no eixo da avenida Cesário de Melo, na zona oeste carioca. "As estações viraram grandes quiosques, lojas do tráfico de drogas. O poder público perdeu o controle daquilo ali."

O serviço do BRT --corredor expresso com ônibus articulados-- foi parcialmente paralisado por conta da greve dos caminhoneiros, na semana passada. Com a escassez de combustível, o sistema operou abaixo da capacidade no último fim de semana (de 22% a 35%), mas está sendo normalizado gradativamente desde ontem (28).

O trecho da Cesário de Melo, no entanto, permanece totalmente interrompido, dessa vez por conta da presença de criminosos, de acordo com Messina. O problema afetaria 22 pontos de embarque e desembarque no percurso entre a estação Cesarão 1 (Santa Cruz) e Campo Grande, que faz parte do corredor Transoeste.

Em entrevista à "GloboNews", o secretário disse que as informações sobre a presença dos traficantes foram relatadas pelos funcionários do consórcio gestor do sistema, o BRT Rio. Os criminosos teriam, inclusive, utilizado as estações como locais de venda de drogas.

Ao UOL, o BRT Rio informou que a operação só será retomada "quando as autoridades de segurança pública garantirem as condições para o transporte de passageiros e o trabalho dos funcionários". Ainda segundo a empresa, o eixo da avenida Cesário de Melo "há tempos sofre com a violência".

"Nos últimos três meses, os serviços foram interrompidos oito vezes (somando 37 horas) em decorrência de conflitos na região."

A segurança nas estações do BRT é, de fato, um dilema antigo no Rio, pois envolve competências distintas. No interior das estações, como o serviço é concessionado, a atribuição é do consórcio. A Polícia Militar ficaria responsável pelo patrulhamento no entorno.

A reportagem do UOL procurou a assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública e aguarda um posicionamento.