Com 2.200 militares, ação das Forças Armadas faz bloqueios em rodovias de acesso ao Rio
As Forças Armadas, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar iniciaram na madrugada desta terça-feira (19) uma operação em rodovias do Rio de Janeiro para tentar coibir roubos de carga. Segundo o Comando Conjunto da intervenção, foram estabelecidos pontos de bloqueio e são realizadas patrulhas nas principais rodovias de acesso à capital.
Entre elas, estão a BR-116 (rodovia Presidente Dutra, ligação com São Paulo), BR-040 (que conecta o Rio a Minas Gerais e Distrito Federal), BR- 101 (rodovia Rio-Vitória, ligação com o Espírito Santo, ao norte, e rodovia Rio-Santos, que conecta o estado ao litoral paulista) e RJ-101.
Também estão sendo patrulhadas vias importantes do subúrbio do Rio, entre elas, a avenida Brasil, o Arco Metropolitano, a BR-465 (antiga Rio-São Paulo) e a RJ-101 (rodovia Niterói Manilha).
O efetivo total das Forças Armadas é de 2.200 homens. Eles recebem apoio de helicópteros e blindados de transporte de tropas. Seu principal objetivo é tentar identificar cargas roubadas e suspeitos.
No ano passado, um elevado índice de roubo de cargas deixou o Rio sob ameaça de desabastecimento. Com uma média mensal de mais de 880 casos, seguradoras deixaram de comercializar apólices para o transporte de mercadorias até a capital e uma parcela dos caminhoneiros passou a evitar a região.
Em maio de 2018, já sob intervenção federal, o estado do Rio registrou 752 casos de roubo de cargas --redução de 15% em relação ao mês anterior.
A operação nas estradas com a participação de membros das Forças Armadas ocorre sob o decreto de Garantia da Lei e da Ordem, que desde julho de 2017 permite emprego de militares em ações de segurança pública no Rio.
Ela é considerada uma ação emergencial e ocorre em paralelo a ações de bastidores para reestruturação e melhora da gestão das polícias do Rio de Janeiro. Desde o início da intervenção, em fevereiro, já foram realizadas 53 operações emergenciais.
Segundo o interventor federal Walter Braga Netto, as ações emergenciais devem ser realizadas até o mês de setembro. A intervenção federal está prevista para acabar em dezembro.
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