Após ação da GCM, usuários fazem barricadas e atacam motoristas na Cracolândia
Dependentes químicos iniciaram um tumulto no começo na tarde desta quinta-feira (19) na região da Cracolândia, no centro de São Paulo. Em imagens aéreas feitas no local era possível ver barricadas, objetos em chamas no meio das vias, pessoas correndo e motoristas sendo atacados na avenida Rio Branco.
A confusão, segundo a Polícia Militar, teve início durante uma operação de limpeza realizada pela Prefeitura de São Paulo, com o apoio da GCM (Guarda Civil Metropolitana) iniciada pela manhã. Revoltados, os dependentes passaram a atacar motoristas que passavam pela região.
Segundo a prefeitura, o tumulto teve início porque na ação de limpeza a GCM (Guarda Civil Metropolitana) flagrou uma pessoa com drogas próximo ao fluxo de dependentes químicos. "Os dependentes que estavam no local iniciaram um tumulto para tentar impedir a prisão, atirando pedras sobre as equipes da GCM, danificando uma viatura e ferindo dois agentes", explicou em nota.
A gestão municipal informou às 16h20 que a situação estava controlada e que o suspeito foi encaminhado à Polícia Civil, que registra a ocorrência.
A ação de limpeza é feita periodicamente na região para retirada de entulho e lixo nas ruas. Preliminarmente, a PM havia informado que, durante a limpeza, dependentes químicos que estavam na área atacaram os guardas em retaliação à retirada de seus pertences.
Não há informações de pessoas feridas, nem de detidos.
Integrante da Craco Resiste, Raphael Escobar conta que geralmente as pessoas que vivem na Cracolândia são deslocadas da chamada “praça do cachimbo”, perímetro que fica entre as ruas Helvetia e Cleveland, para outro quarteirão entre as alamedas Dino Bueno e Barão de Piracicaba.
“A prefeitura limpa a praça. Quando eles [os usuários] voltam, tem um cordão na polícia revistando o pessoal. É nessa hora que colchão, lona, barraca, caixa de frutas, isopor são retirados. Muitas vezes começa o conflito daí”, diz. “A violência tem aumentado muito nas últimas três semanas, teve até a morte uma pessoa no sábado passado. O fluxo fica revoltado”, acrescenta Escobar.
A reportagem também entrou em contato com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) e aguarda posicionamento.
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