Com 915 homens, Forças Armadas reforçam cerco da PM à Rocinha, no Rio
As Forças Armadas cercaram a favela da Rocinha na tarde desta quarta-feira (25) para apoiar ações da Polícia Militar que ocorrem desde o início da manhã com o objetivo de prender criminosos.
O Comando Conjunto da intervenção informou que as forças federais foram ao local para ajudar a PM a substituir policiais que já estavam na região por outras unidades, em um sistema de rodízio.
O reforço é composto por 915 militares das Forças Armadas, blindados e helicópteros. Quando os militares chegaram, simpatizantes do crime organizado avisaram comparsas soltando fogos de artifício. Até as 14h20 não havia notícia de confrontos.
A operação na Rocinha foi desencadeada pela Polícia Militar na manhã desta quarta. De acordo com informações da PM, a operação “tem como objetivo realizar prisões de criminosos que atuam na venda de entorpecentes nas regiões”.
Na ação, participam homens da unidade do COE (Comando de Operações Especiais), que inclui os batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque, de Ações com Cães, do Grupamento Aeromarítimo e da Coordenadoria de Polícia Pacificadora. A operação também conta com policiais da CPP e 1° CPA (Comando de Policiamento de Área).
Moradores assustados e divididos
Moradores relataram confrontos e tiros durante a madrugada. Não há registro de mortos ou feridos. Um homem foi detido e três morteiros foram apreendidos.
“Sou moradora da Rocinha. Na verdade, desde as 4h estamos ouvindo fogos e por volta das 5h15 ouvimos tiros. Meu marido estava saindo para trabalhar, teve que esperar para ver se ia dar mais tiros”, relatou uma moradora nas redes sociais.
“Helicópteros desde a madruga. Operação na área #Rocinha”, afirmou outro morador da região. “Desci a Rocinha na cara e na coragem, papo de operação tem que meter o pé correndo p/ job”, disse outra moradora.
Além do medo pelo tiroteio, a efetividade da operação dividiu os moradores
"Tem que fazer isso se não eles [membros do crime organizado] tomam tudo. Os militares e a policia têm que vir mesmo que de vez em quando para enfraquecer esses caras”, afirmou um morador que diz habitar a região durante todos os seus 58 anos. Ele não quis se identificar.
Já outra moradora disse ser contrária a operações como a de hoje por entender que a presença de forças de segurança poderia aumentar o número de tiroteios na região. “Atrapalha demais, é melhor não ter”, disse sem se identificar.
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