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Receita acha pacotes de cocaína com foto de Pablo Escobar no porto do Rio

Polícia Federal apreende cocaína com foto de Pablo Escobar no porto do Rio - Receita Federal
Polícia Federal apreende cocaína com foto de Pablo Escobar no porto do Rio Imagem: Receita Federal

Luis Kawaguti

Do UOL, no Rio

30/07/2018 18h14

A Receita Federal encontrou e a Polícia Federal apreendeu nesta segunda-feira (30) um carregamento de 43 quilos de cocaína que seria enviado à Europa em um navio cargueiro que partiria do porto do Rio de Janeiro. Em parte dos tabletes com a droga havia desenhos com o rosto do colombiano Pablo Escobar - que se tornou um dos traficantes mais conhecidos do planeta.

A Polícia investiga se a foto de Escobar, que chefiou o cartel de Medellín e acabou morto em uma ação policial em 1993, seria uma espécie de propaganda ou “selo de qualidade” da droga.

Os pacotes com cocaína também traziam logotipos de bebidas e ao menos uma marca de vestuário feminino.

A droga estava no interior de contêineres que haviam sido embarcados em um navio em Montevidéu, no Uruguai. Do Rio, eles seguiriam para um porto na Europa.

Os contêineres foram identificados por meio de um processo de análise de risco, no qual a Receita seleciona as cargas com maior probabilidade de possuírem material ilícito. Isso acontece porque, devido ao grande número de navios que são carregados e descarregados diariamente no porto, é impossível fiscalizar todos os contêineres.

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Cães farejadores foram usados para ajudar a encontrar o entorpecente entre os contêineres suspeitos.

Segundo a Receita e a Polícia Federal, os portos brasileiros funcionam como rota de passagem para a cocaína produzida em países andinos que segue para a Europa.

Em geral, a droga é colocada dentro do contêiner sem o conhecimento do exportador da carga. Uma vez na Europa, ela é retirada antes que a mercadoria chegue a seu destino.

Entenda como o crime opera na baía de Guanabara

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Outra modalidade usada pelos narcotraficantes é embarcar a droga diretamente nos navios ancorados na Baía de Guanabara. Eles chegam perto dos cargueiros em pequenas embarcações e, com ajuda de bandidos infiltrados na tripulação dos cargueiros, içam a cocaína em mochilas para dentro usando cordas.

Para reprimir essa prática durante a intervenção federal no Rio de Janeiro, a Marinha está implantando um sistema de monitoramento das águas da baía de Guanabara por radares e sensores – o projeto piloto do SisGAAz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul).

Quando uma embarcação suspeita é identificada, militares de forças especiais são acionados e fazem a abordagem da embarcação suspeita.

No último dia 22, a Marinha e a Polícia Federal apreenderam 336 quilos de cocaína escondidos em um barco pesqueiro.