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Estudante de 13 anos com transtorno psiquiátrico é morto pelos colegas de escola

Corpo foi encontrado em matagal no parque ecológico Lago do Cortado, no Distrito Federal - Reprodução/Google Maps
Corpo foi encontrado em matagal no parque ecológico Lago do Cortado, no Distrito Federal Imagem: Reprodução/Google Maps

Jéssica Nascimento

Colaboração para o UOL

30/08/2018 13h52

A Polícia Civil apreendeu três adolescentes suspeitos de matar a pauladas e facadas um estudante de 13 anos, no Parque do Cortado, em Taguatinga, no Distrito Federal. A vítima, que, de acordo com os investigadores, tinha problemas psiquiátricos, teve o corpo incendiado e foi encontrada no matagal ainda com vida, na última quinta-feira (23), por um casal que passava pelo local e relatou ter visto o jovem agonizando em chamas.

Segundo a Polícia Civil, o garoto havia acabado de sair da aula e pretendia tomar banho no córrego do parque quando foi seguido pelos adolescentes, que estudavam na mesma escola da vítima. Eles são usuários de drogas e integram uma gangue da região. Outros dois adolescentes são suspeitos de participarem do crime e estão foragidos. Todos têm entre 14 e 15 anos.

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Na delegacia, o trio apreendido, que até então não tinha passagens pela polícia, admitiu que o crime foi premeditado e que agiu a mando de um dos colegas, que ainda não foi localizado. Esse mesmo rapaz é quem teria fornecido as armas usadas no assassinato.

"Esse jovem foi classificado como o chefe do grupo. E pelo que me disseram, esse mentor teria uma rixa com a vítima. Mas ainda não conseguimos esclarecer a origem dessa briga", explicou o delegado Joás de Souza, da 17ª Delegacia de Polícia do DF.

Depois de prestarem depoimento, o trio foi transferido para outra delegacia, a da Criança e do Adolescente (DCA). Os envolvidos vão responder pelo crime análogo ao homicídio e podem ficar até três anos em unidades de internação.

O futuro dos envolvidos será definido pelo Núcleo de Apoio ao Atendimento Integrado Judicial ao Adolescente em conflito com a Lei - NAIJUD, que pode optar por uma internação provisória até que o caso seja julgado pela Vara da Infância e da Juventude.